A gestão de Arnaldo Tirone, anterior à de Paulo Nobre no Palmeiras, deixou alguns problemas jurídicos para o atual presidente

A gestão de Arnaldo Tirone, anterior à de Paulo Nobre no Palmeiras, deixou alguns problemas jurídicos para o atual presidente

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

A gestão de Arnaldo Tirone, anterior à de Paulo Nobre no Palmeiras, deixou alguns problemas jurídicos para o atual presidente. Um empresário, chamado Renee Pinheiro, pela segunda vez, acusa o clube de ter pago comissão referente à compra de Wesley a um intermediário falso, e tenta cobrar do clube R$ 1,4 milhão.

O caso começou em 2012: ao contratar o volante do Werder Bremen, da Alemanha, a então diretoria do clube acertou o pagamento de uma comissão de R$ 1,4 milhão à empresa MKT Brasil, em documento assinado pelo vice-presidente Roberto Frizzo. No negócio, um empresário chamado Maickel Portela se apresentou como representante da empresa, que intermediou o acordo.

Portela participou de diversas reuniões com o clube, assinou documentos referentes à transação e até deu entrevistas para a imprensa sobre o negócio. Chegou a receber cerca de R$ 400 mil pelos seus serviços.

Wesley chegou ao alviverde, e Arnaldo Tirone deu lugar a Paulo Nobre: já na gestão do novo presidente, Renee Pinheiro processou o clube. Na ação alegou que era o verdadeiro dono da MTK Brasil e que desconhecia a pessoa de Maickel Portela; logo, cobrava para si a comissão de R$ 1,4 milhão.

O Palmeiras obteve uma rápida vitória judicial: o processo foi extinto, e o juiz considerou que Pinheiro não dispunha de documentos suficientes para comprovar as suas alegações.

Em março deste ano, o empresário voltou a processar o alviverde, desta vez anexando novos documentos: com passagens aéreas, tenta comprovar que esteve na Alemanha na época das negociações, tratando com o Werder. Também mostra documentos do negócio, alguns já apresentados pelo Palmeiras; os de Pinheiro, porém, não têm a assinatura de Portela.

Além disso, o empresário anexou à ação uma carta do Internacional, que na época o autoriza a tentar a contratação do zagueiro Naldo. Há também faturas que indicam a estadia em um hotel na cidade alemã.

Esse processo não é o único ligado a Wesley deixado como herança pela diretoria anterior. O presidente do Criciúma, Antenor Angeloni, foi fiador da contratação, afirma não ter sido pago e cobra na justiça R$ 15 milhões.

Procurado pela reportagem, o Palmeiras, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que não irá comentar a nova ação.

FOTO: UOL

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