O Palmeiras aceitou a proposta do Manchester City de 32 milhões de euros (R$ 116 milhões) para vender Gabriel Jesus. O time paulista disse sim ao time inglês em um acordo que será assinado após as Olimpíadas, mas que prevê que o jogador só vá para a Europa em janeiro, após a disputa do Campeonato Brasileiro.

Para fechar o acordo, o Palmeiras ficará com R$ 72,5 milhões, deixando os outros R$ 43,5 milhões para a divisão entre o próprio jogador e o empresário do atleta, Cristiano Simões. Juntos, eles têm 42,5% dos direitos econômicos.

Para ficar com este montante, a diretoria alviverde ignorará que Fabio Caran tem 22,5% dos direitos econômicos do atacante. Como mostrou o UOL Esporte, os palmeirenses entraram na Justiça para alegar quebra de contrato por parte dele.

Por contrato, o Palmeiras teria direito a 30% de uma venda de Gabriel Jesus para o exterior, o que significaria R$ 34,8 milhões neste negócio. O departamento jurídico do clube paulista, entretanto, viu uma quebra de contrato do empresário Fábio Caran, e age para pegar para si os 22,5% que pertenciam a ele, que é ex-agente de Gabriel.  

Vale destacar, no entanto, que a Justiça ainda não determinou um vencedor para este caso. A diretoria alviverde admite que a briga judicial ainda está longe de acabar, mas imagina que Caran não tem chances de vencer na Justiça. O UOL Esporte tentou conversar com o ex-empresário do atleta, mas não obteve sucesso. De maneira oficial, o clube não comenta negociações em andamento.

Gabriel Jesus tem recebido um constante assédio dos clubes europeus. O que convenceu o atleta a atuar na Inglaterra foi uma conversa com o técnico Pep Guardiola. Para manter esse acordo verbal, Gabriel já ignorou propostas de Manchester United e Barcelona com salários superiores em até 1,5 milhão de euro por ano.

No Palmeiras, no entanto, há a expectativa que Gabriel receba novas propostas ainda maiores caso o atleta vá bem nas Olimpíadas. Pelo menos por enquanto, ele resistiu à tentação de ganhar mais.