Técnico afirmou que irá continuar no clube, apesar de ter recebido algumas ofertas de trabalho

Técnico afirmou que irá continuar no clube, apesar de ter recebido algumas ofertas de trabalho

Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira no CT da Barra Funda, o técnico Juan Carlos Osorio afirmou que recebeu outras propostas além da seleção mexicana, mas que irá permanecer no São Paulo. Porém, o colombiano criticou o excesso de pessoas que dão opiniões no clube.

"Estava com Milton [Cruz, coordenador], mostrei a ele uma mensagem de uma pessoa do clube que oferece muitos jogadores. Agora, em minha humilde opinião, o time precisa de um volante. Estamos trabalhando com Thiago Mendes e Breno para essa posição. Centroavante, um Luis Fabiano mais jovem, por exemplo. De futebol e jogadores falam muitos. Minha resposabilidade e posição é a parte desportiva. Neste clube há muito gente dando opiniões. Demasiados. Quando alguém fala para mim que tem um centroavante muito bom, eu pergunto: "o que ele faz bem?". Me respondem: "ele é rápido". Não precisamos", disse.

"Eu não vou trocar o São Paulo por nenhum clube. Nenhum. Estava com Milton, me ligaram dos Emirados Árabes. Voicê perde três jogos e o telefone toca 20 vezes, todas oportunidades de trabalho. Para todos eu disse o mesmo. Eu tenho como profissional um objetivo de ir a uma Copa do Mundo. Como ser humano também um sonho. A diferença entre sonho e objetivo profissional é que no meio há um processo, e estou seguindo esse processo. Acho que estou melhorando como pessoa, como técnico e como treinador", falou.

Osorio também declarou não ter nenhuma preocupação com seu futuro profissional, inclusive citou tristeza pela lesão do corintiano Luciano.

"Não me preocupa. Me preocupa a saúde dos meus pais na Colômbia. Me preocupa tanto crime, tantas coisas terríveis. Me preocupou a lesão do Luciano. No profissional, na próxima vez que o cenário mudar eu posso responder a mesma coisa", disse. "Fico com minha família, tento escutar música, mas é difícil o estresse", admitiu.

O técnico também admitiu que há uma significativa diferença de nível entre os jogadores do elenco são-paulino.

"João, estou tentanto encaixá-lo em outra posição. Centroavante rápido, mas sem jogo aéreo... difícil", disse. "Com todo respeito a esse elenco, há jogadores que não estão no mesmo nível", acrescentou. "Tenho que ser muito objetivo e é a realidade. Perdemos Paulo Miranda, Rafael, defensivamente perdemos zagueiros muito bons. Agora jogar com três é mais difícil. Eu falei antes que os próximos dois jogos muito importantes para nós. Neste momento o Santos é o melhor time de futebol ofensivo no Brasil. Ofensivo. Para mim esse jogo vai ser muito especial. É um time que joga como nós tentamos jogar, vai ser um jgoo especial. Pouco rodízio porque não temos jogadores suficientes para fazê-lo", disse.

Por fim, Osorio revelou estar incomodado com as críticas em relação às inovações táticas implantadas por ele no São Paulo: "É muito fácil falar. Se alguém observa nossos treinamentos, sabe que aqui não inventamos nada. Quando Breno jogou de volante, trabalhou por dez sessões de treino antes daquela forma. É difícil entender o jogo e muito fácil falar depois do resultado".

Foto: UOL

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