A inclusão do “catimba” ao seu nome se deve ao fato dele ser conhecido por provocar seus marcadores

A inclusão do “catimba” ao seu nome se deve ao fato dele ser conhecido por provocar seus marcadores

Carlos André Avelino de Lima nasceu na cidade de Salvador em 30 de outubro de 1946.
Um atacante brigador e oportunista que ganhou notoriedade como André Catimba.

A inclusão do “catimba” ao seu nome se deve ao fato dele ser conhecido por provocar seus marcadores e, por conta disso, causar muitas expulsões.

O início de carreira, com 19 anos, foi no Ypiranga da Bahia, em 1966, equipe que tinha um torcedor ilustre, Jorge Amado.

Ficou por lá até 1968, quando foi contratado por outra equipe baiana, o Galícia.

A conquista do estadual pelo Bahia em 1970, ano em que o Vitória sequer chegou as finais da competição, fez com que o clube rubro negro resolvesse investir em talentos nativos da região. Foi esta receita que fez com que André fosse contratado pelo Vitória em 1971. Não demorou muito para que ele se transformasse no homem gol da equipe.

No ano seguinte, em 1972, foi um dos grandes líderes do time que conquistou o titulo estadual de forma incontestável, com um dos maiores ataques da história do futebol baiano com os geniais Osni e Mário Sérgio. Por conta disso, em 1973, chegou a ser convocado para a seleção brasileira para enfrentar um combinado estrangeiro.

Ficou no Vitória até 1975, quando foi contratado pelo Guarani de Campinas. Confirmou sua fama de goleador e acabou sendo levado, em 1977, para o Grêmio, comandado pelo técnico Telê Santana. O desafio no futebol gaúcho era gigantesco, interromper a incrível sequência de oito títulos consecutivos do atual bicampeão brasileiro, o Internacional. Muitos gremistas não acreditavam que isso seria possível.

Em 25 de setembro de 1977, coube justamente a André, aos 42 minutos do primeiro tempo, marcar o gol do título sobre o rival, na vitória por 1 a 0. Mas o mais curioso ainda estava por vir, a vibração foi tanta que André tentou dar um salto mortal durante a comemoração. Não conseguiu... levou uma queda. Enquanto era ovacionado pela torcida, André se contorcia em dor. Não teve condições de continuar na partida, precisando ser substituído por Alcindo.

A grotesca cena de seu malfadado salto estampou as capas de todos os jornais do Rio Grande do Sul que destacavam o título gaúcho gremista. Até hoje, muitos chegam até mesmo a lembrar do salto, mas esquecem da importância daquele gol e até mesmo de seu autor.

André voltaria a ser campeão estadual pelo Imortal Tricolor em 1979. Ainda naquele ano foi contratado pelo rival do Vitória, o Bahia, para disputar o campeonato brasileiro. Em 1980, acabou sendo levado ao Argentino Juniors, onde chegou a atuar, simplesmente, com Diego Maradona.

A partir daí passou a ser um cigano da bola. Andou pelo extinto Pinheiros, do Paraná, em 1981, Comercial de Ribeirão Preto e Náutico do Recife, em 1982, até voltar, em 1983 onde tudo começou, o Ypiranga da Bahia.

Decidido a encerrar a carreira por lá, ainda assim voltou a bater uma bola na equipe amazonense do Fast Club em 1984.

André foi um grande goleador e um daqueles jogadores que acabaram marcados para a história do futebol por sua irreverência, e principalmente por conta de uma comemoração inusitada.

Foto: reprodução

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