O doping do tenista Thomaz Bellucci foi a gota dágua de um processo de dúvidas e questionamentos que se arrastava por alguns anos na carreira do tenista.

Belucci chegou a ser 21º do ranking da ATP, fez partidas históricas contra Djokovic, Nadal, dentre outros fenômenos do tênis, entretanto nunca conseguiu aquele título expressivo, faltou sempre aquela conquista marcante, o ápice da carreira.

Começou jovem, muito talentoso e após a "era Guga" foi o tenista brasileiro com melhor posição no ranking de simples da ATP.

As contusões, problemas físicos durante as partidas, falta de concentração, e principalmente o desequilíbrio emocional sempre foram as causas atribuídas aos frequentes insucessos.

Tecnicamente Bellucci reúne os atributos necessários para a prática do esporte em alto nível: ótimo saque, bom backhand, bom fundo de quadra... ainda que não suba bem à rede, talvez um de seus poucos defeitos.

Seu declínio foi notável nos últimos anos, perdendo jogos fáceis, deixando de vencer jogos praticamente ganhos, frequentemente chamado de "amarelão" pelos torcedores, fez apenas alguns bons jogos pelas Davis disputadas no Brasil, só isso!

O resultado positivo da Hidroclorotiazida, um diurético de uso comum, foi a causa do doping.

A substância foi encontrada junto a alguns complementos vitamínicos que ele mandou preparar em uma farmácia de manipulação no Brasil.

É o chamado doping de mascaramento, visto que esta substância não traz ganhos à atividade física, tampouco promove melhores resultados ao atleta, mas devido a sua ação diurética, acelera o processo de eliminação de outras substâncias, inclusive anabolizantes, estimulantes, dentre outras.

Em tempo, nem sempre os resultados são tão eficientes assim, no sentido de mascarar outras substâncias.

Bellucci afirma ser inocente, desconhece a inclusão do diurético em suas vitaminas e afirma que houve contaminação dos produtos.

As farmácias de manipulação possuem rigoroso controle do processo de produção, sendo praticamente impossível incluir alguma substância que não esteja prescrita.

Outra alegação feita por Bellucci e seu advogado é de que houve contaminação cruzada, questão também muito improvável em farmácias de manipulação, dadas as circunstãncias deste tipo de manipulado.

A ITF foi bastante maleável quanto à punição de Bellucci, reconheceu que além de não trazer benefícios ao tenista, a hidroclorotiazida ainda pode piorar um problemo crônico que Bellucci tem durante os jogos, a desidratação.

Bellucci retorna em fevereiro ao circuito do tênis com a certeza de que sua carreira chegou ao momento decisivo, talvez final.

Voltar ao top 100 é o mínimo que ele deve buscar, imaginar mais do que isso, em se tratando de Bellucci, seria pedir muito.

Fonte: UOL

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