A intensidade de Telê com os jogadores era tão grande que alguns o consideram como segundo pai

A intensidade de Telê com os jogadores era tão grande que alguns o consideram como segundo pai

No dia 21 de abril de 2006 perdemos o mestre Telê Santana, aos 74 anos. Nove anos depois de sua morte, o ex-técnico ainda é lembrado como um dos melhores de sua profissão.

A intensidade de Telê com os jogadores era tão grande que alguns o consideram como segundo pai. Em 1986 o técnico convocou o volante Elzo para a Copa do Mundo e foi contestado pela imprensa e torcedores. O treinador descobriu uma maneira do jogador "ficar pronto".

Telê fechou o volante no vestiário e o criticou duramente. "Olha Elzo, eu vou dizer uma coisa pra você: craques aqui são Zico, Falcão, Sócrates, Júnior, Éder, Oscar...você não é nada aqui, sabia? Você é, inclusive, o primeiro da minha lista para ser cortado. Você pensa que está me enganando ficando até mais tarde no campo e sendo o primeiro a chegar? Você não me engana não, cara. E vou dizer mais: vou sair daqui do vestiário agora porque minha vontade é de te pegar e te agredir. Você merece isso. Não é papel de homem o que você está fazendo, isso é papel de moleque", disse o treinador

Elzo pensou em ir embora e chorou muito naquele dia, mas o volante não amarelou. Chegou ainda mais cedo nos treinos, foi titular durante toda a Copa e considerado o melhor jogador do Brasil na competição.  

Anos depois ambos se reencontraram em um restaurante e o técnico o chamou para conversar. "Sabe por que disse aquilo? Pra você ser o titular e o melhor jogador do Brasil na Copa. E vou te dizer uma coisa...você chorou aquele dia? E agora quem chora sou eu", contou o volante ao UOL Esporte. Elzo então entendeu o que é técnico o havia testado psicologicamente e o ajudado muito. Clique na imagem e veja a história de Elzo na seção Que Fim Levou .

No dia do seu enterro, jogadores, dirigentes e personalidades ligadas ao esporte deixaram uma mensagem ao Mestre:

"Você pode ser um jogador duro sem ser violento e criativo sem ser exibicionista. Aprendi muito com ele e hoje temos um dia ruim para o futebol brasileiro. Eu brincava que ficava olhando os treinamentos do Telê por cima do muro. O time dele sempre jogou bonito e o meu também segue nessa linha", disse Luxemburgo, na época treinador do Palmeiras. Clique na imagem e confira sua página na seção Que Fim Levou.

"O Telê foi um exemplo de vida para mim. Meu segundo pai. Ele me fez ver que eu precisava ter mais ambição no futebol, me conhecer melhor e colocar para fora o melhor de mim. Fiz o que ele me ensinou, ajudei o São Paulo a conquistar títulos e, ao seu lado, entrei para a história do clube. Tudo o que ele falava para mim acabou acontecendo", disse Raí. Será que o Ganso precisa de alguém assim para jogar tudo o que sabe? Clique na imagem e confira sua página na seção Que Fim Levou.

"O Telê dava prioridade aos fundamentos. Era como escovar os dentes. Todo dia tinha que treinar cabeçada, toque de bola, chute. Ele dava muito coletivo e era criticado por isso, mas era no coletivo que a coisa acontecia e tínhamos que respeitar. Depois de algum tempo, todos o respeitaram" lembrou Júnior, ídolo do Flamengo. Clique na imagem e confira sua página na seção Que Fim Levou.

"Por meia hora, antes e depois do treino, ele me pegava para aperfeiçoar o cruzamento. Eu não gostava de jogar na lateral e ele me dizia que aperfeiçoando seria o melhor da posição. O que sou hoje em dia foi graças ao Telê, afirmou Cafu. "Ele às vezes pegava no pé até demais, mas a gente falava para os mais novos que isso acontecia porque ele gostava da gente", completou o ex-lateral. Clique na imagem e confira sua página na seção Que Fim Levou.

"Ele colocava aquele cesto de lixo pendurado no alambrado e pela idade que tinha batia muito bem. Eu aprendi bastante com ele O jeito de bater na bola. Ele é um exemplo para todos. Se você fizer tudo com paixão e transmitir para os outros, você vai contribuir para um mundo melhor. Essa é a mensagem dele", disse Rogério Ceni.

"É um segundo pai. Ele foi um divisor de águas na minha carreira. Ele serve de exemplo para todos que o acompanharam. O Telê me fez ver que eu poderia dar muito mais do que eu já tinha. Eu tinha que ter ambição positiva. Ele dizia que eu precisava acreditar nisso para melhorar profissionalmente como também pessoalmente", completou o maior goleiro artilheiro do mundo. Clique na imagem e confira sua página na seção Que Fim Levou.

"Ele foi um exemplo para mim em muitas situações da minha vida. Fui jogador dele e também pude trabalhar como auxiliar. Aprendi muito com ele e sempre foi uma referência para mim’, disse Muricy Ramalho. Clique na imagem e confira sua página na seção Que Fim Levou.

Telê foi considerado pé frio por perder as Copas do Mundo de 1982 e 1986, com jogadores considerados craques em quase todas as posições. Mas o Campeão Brasileiro de 1971 com o Atlético-MG e multivencedor com a camisa do São Paulo deu a volta por cima e mostrou que o futebol arte pode não vencer sempre, mas encanta quem o vê.

O "pé frio" sempre é lembrado pela torcida do São Paulo, que canta seu nome. "Olê, olê, olê, olê,Telê, Telê."

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Imagem: UOL

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