O Bayern chegou, no 1° tempo, a ter 74% de posse de bola

O Bayern chegou, no 1° tempo, a ter 74% de posse de bola

Como sempre fez com o Barcelona, Pep Guardiola mandou o Bayern de Munique ter a posse de bola e tocar até achar espaço na zaga do Real Madrid para tentar a vitória, fora de casa, nesta quarta-feira. Mas, na base dos contra-ataques, o Real "anulou" esse estilo de jogo e saiu na frente nas semifinais da Liga dos Campeões: 1 a 0 no estádio Santiago Bernabéu.

O Bayern chegou, no 1° tempo, a ter 74% de posse de bola. De nada serviu. Carlo Ancelotti, técnico do Real, armou seu time quase como José Mourinho fez no empate entre Chelsea e Atlético de Madri, terça-feira: na defesa. Mas com um diferencial. O Real abusou dos contra-ataques e foi assim que matou o jogo, levando a vantagem para a volta, em Munique, na próxima semana.

E isso mesmo sem Bale em todo o jogo, autor de gol típico de contra-ataque perfeito na final da Copa do Rei, na última semana, com sua velocidade - o galês, gripado, só entrou no 2° tempo. Mas Cristiano Ronaldo estava lá para chamar a responsabilidade: foi ele que encaixou o lance perfeito. O português achou passe nas costas do brasileiro Rafinha, colocou Coentrão na área pela esquerda e o compatriota de CR7 só rolou para Benzema marcar o gol do triunfo, aos 19 min. do 1° tempo.

Na Alemanha, na próxima terça-feira, o Real Madrid pode perder por um gol de diferença, a partir de 2 a 1, que estará na final e continuará a busca pelo seu 10° título da Liga. Já o Bayern necessitará da vitória por dois gols de diferença - empate dá Real, 1 a 0 para o Bayern leva o jogo para a prorrogação.

E, talvez, Guardiola terá como mudar o estilo do Bayern para conseguir repetir o time de 2012, que eliminou o Real nas semifinais da Liga. Como precisará marcar gols para avançar, de nada adiantará apenas repetir a posse de bola que teve no confronto desta quarta: 64%. Terá que ser mais efetivo nos chutes.

O time alemão só deu três chutes de perigo na partida: um com Robben, na primeira etapa; outro com Müller, já no segundo tempo; e o melhor, com Mandzukic, em espetacular defesa de Casillas. Mas foi só.

No resto da partida, o Bayern apostou no tradicional toque e acabou se perdendo nos contra-ataques do Real. Na primeira etapa, foram três lances de perigo para os espanhóis: no 1°, C. Ronaldo achou Coentrão nas costas de Rafinha, para ele rolar para Benzema marcar.
Depois, de novo ele: Cristiano recebeu frente a frente com Neuer, mas de uma de "atacante grosso". De canela, isolou a bola. Por fim, Dí MAria imitou Ronaldo: matou no peito, mas chutou para o alto do bico da pequena área.

O segundo tempo viu o Real perder Ronaldo, cansado, para a entrada de Bale, que pouco fez. Pepe e Sergio Ramos, então, viraram os principais nomes do time espanhol, ao marcar muito bem Robben e Mandzukic.

Com Casillas seguro, restou ao Bayern cruzar bolas na área: foram 15 escanteios. Em nenhum foram criados lances de perigo.

Assim, Guardiola perdeu a invencibilidade no Santiago Bernabéu, e Carlo Ancelotti manteve a sua contra o Bayern (5 vitórias e dois empates). Na próxima terça-feira, eles resolvem na Allianz Arena que irá a Lisboa para a decisão.

Foto: UOL

Últimas do seu time