Brasileiros e argentinos se enfrentarão no próximo sábado, nos Estados Unidos.

Brasileiros e argentinos se enfrentarão no próximo sábado, nos Estados Unidos.

Sempre é diferente quando Brasil e Argentina se enfrentam. Mesmo quando as duas seleções não estão no seu auge. O que é o caso da partida desse sábado, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.

Ambos os países são tomados pela rivalidade. Mesmo sendo um amistoso, brasileiros e argentinos querem, de qualquer maneira, a vitória, para poder tirar aquele sarro do rival.

O confronto já estimula muitos comentários comparando Messi e Neymar. Veja bem, hoje essa comparação não existe. Messi é o melhor jogador do mundo, enquanto Neymar está em uma evolução meteórica.

Brasil e Argentina tem muita história e com o passar dos anos acumularam uma rivalidade muito grande, com muitos jogos históricos. Destaque para a final da Copa América de 2004, em que a Argentina vencia 2 a 1, mas nos descontos Adriano (quando ainda queria saber de jogar bola) acertou uma bomba e empatou. Com erros de D?Alessandro e Heinze, o Brasil acabou campeão nos pênaltis. São 98 anos de confrontos. A primeira partida foi em 1914. Tendo em visto isso, os dois países são muito maiores que qualquer jogador.

Os dois maiores rivais da América do Sul se encontraram duas vezes em Copas do Mundo. A primeira delas foi em 1974. Na Alemanha, pela segunda rodada da fase de grupos da semifinal, estava escrito que os caminhos de ambos se cruzariam. A Argentina precisava vencer de qualquer jeito, mas não conseguiu. 2 a 1 para os brasileiros, gols de Rivelino e Jairzinho. Brindisi descontou. O tango perdia para o samba.

A vingança dos hermanos demorou exatos 16 anos. Na Copa de 1990, realizada na Itália, as duas seleções voltaram a se encontrar nas oitavas-de-final. Com o Brasil jogando melhor todo o tempo, mas sem marcar os gols, acabou eliminado naquele famoso lance, em que Maradona arranca do meio-campo, passa por Alemão, Ricardo Rocha, Ricardo Gomes e Mauro Galvão antes de enfiar a bola para Caniggia driblar Taffarel e frustrar o coração de todos os brasileiros.

Claro que Messi e Neymar são os grandes destaques de cada seleção, mas não os únicos. Além dos dois há muitos outros jogadores que podem decidir. No Brasil, temos Oscar, Leandro Damião, Hulk e etc. Ok, o repertório ofensivo argentino é ainda melhor. Além de Messi, os hermanos tem Di Maria, Aguero e Higuain, que são jogadores de extrema qualidade.

Se a defesa do maior rival do Brasil não fosse tão fraca, eu diria que a seleção do técnico Alejandro Sabella seria melhor que a de Mano Menezes, mas tendo em vista essa questão, hoje em dia, elas se equivalem.

O Brasil, inclusive, não pode depender tanto de Neymar. As pessoas acreditam que ele irá decidir todo jogo, mas não é assim. Tem jogo que ele pode não estar bem, outro que a marcação está muito encaixada e por aí vai. Esse é o erro. O Brasil tem outros jogadores de qualidade.

A questão de Messi é que ele não vinha jogando na Argentina o que mostrava no Barcelona. A última partida contra o Equador mostrou o contrário. Na vitória de 4 a 0, ele marcou um e participou dos outros três. É sem dúvida, o melhor do mundo!

Ainda com os dois jogadores sendo os craques de seus países, restringir Brasil e Argentina aos dois é muito pobre. É só analisar a história e ver os grandes nomes que já tivemos nas duas seleções: Pelé, Maradona, Ronaldo, Batistuta, Romário, Caniggia, Rivelino, Di Stéfano, Zico, Verón e tantos outros.

É o maior clássico mundial. Não precisamos dizer mais nada!

Imagem: @CowboySL

Últimas do seu time