O bom relacionamento com Juvenal em um momento de disputa política com Aidar fez com que o relacionamento entre Muricy e o atual presidente ficasse estremecido

O bom relacionamento com Juvenal em um momento de disputa política com Aidar fez com que o relacionamento entre Muricy e o atual presidente ficasse estremecido

Os problemas de saúde nos últimos anos fizeram com que Muricy Ramalho repensasse a sequência de sua carreira como treinador. Em entrevista ao jornal Diário de S. Paulo, o atual técnico do São Paulo afirmou que ainda não pensa em aposentadoria, mas afirmou que tirará um período sabático após o termino de seu contrato com o time do Morumbi, em dezembro.

"Vou dar um tempo, mas não vou parar. O futebol é dinâmico e muda bastante, mas minha intenção é dar uma brecada. Preciso ficar com minha mulher, meus filhos, ir para Ibiúna, para a praia", afirmou Muricy. "No mínimo uns três meses. É claro que pode chegar uma baita proposta maluca no fim do ano, mas o meu pensamento é de parar, até para cuidar da minha saúde".

Muricy foi internado duas vezes nos últimos cinco meses, devido a uma intensa taquicardia e a uma crise de diverticulite, chegando a passar um período na UTI. Segundo o treinador, ele tem se submetido a uma rigorosa dieta e a exercícios físicos, que o fizeram perder nove quilos.

O técnico ainda falou sobre a crise política que tem atingido o São Paulo devido às brigas entre o atual presidente, Carlos Miguel Aidar, e seu antecessor Juvenal Juvêncio. Muricy afirmou que precisou conversar com os jogadores, que já começavam a ser influenciados pelo clima instável, e ressaltou sua amizade com o antigo mandatário são-paulino.

"Passei bons momentos com ele e não posso descartar uma amizade por causa de política. O Juvenal gosta tanto de mim que, sem jeito de me mandar embora em 2009, fugiu de mim o dia inteiro. Quando o encontrei, à noite, ele ainda perguntou o que eu achava que deveríamos fazer", contou o treinador.

O bom relacionamento com Juvenal em um momento de disputa política com Aidar fez com que o relacionamento entre Muricy e o atual presidente ficasse estremecido. O técnico, porém, afirma que as diferenças entre os lados já foram resolvidas.

"Ele é o presidente, eu sou o treinador e a gente tem de se dar bem. Se ele não está satisfeito, que me mande embora. O que não dá é para ficar nesse meio-termo. Mas eu falei umas coisas para ele e ele, também. Deu pra ver que está tudo resolvido, apesar de existirem uns caras no meio que sempre inflam as coisas", disse Muricy. "Os mesmos malas que ficaram de ondinha na minha última passagem. Não vou falar nomes, mas sei exatamente quem são".

Foto: UOL

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