Equipe italiana progrediu em seu propulsor e ameaça reinado da Mercedes

Equipe italiana progrediu em seu propulsor e ameaça reinado da Mercedes

Impossível, após os primeiros quatro dias de testes dos novos carros da Fórmula 1 que se tire alguma conclusão definitiva do que será o campeonato deste ano.

Com as novas regras, sabia-se que os carros seriam mais rápidos. Foram mesmo. Os tempos em Barcelona não deixaram nenhuma dúvida acerca disso.

Com mais downforce e pneus mais largos, contornar as curvas ficou assombrosamente mais fácil. Vi algumas imagens e a impressão é de que os carros são dotados de efeito-solo.

LIBERDADE NO DESENVOLVIMENTO DOS MOTORES, O "PULO DO GATO"

Porém, entre as mudanças, aquela que considero mais frutífera foi a liberação para que os fabricantes de motores possam desenvolver suas unidades de força sem a baboseira dos tais tokens, uma limitação.

Restringir desenvolvimento é algo que não se coaduna com a realidade da Fórmula 1.

Claudio Carsughi costuma lembrar de um provérbio português para este tipo de situação:

"Quem não tem competência que não se estabeleça", diz o Mestre.

Assim, o que se viu na Catalunha, foi o propulsor da Ferrari nitidamente melhor em relação ao que fechou a temporada de 2016.

Se a cavalagem da Mercedes ainda é superior à da montadora italiana, aparenta ser por pouco.

Na pista, o que se viu, foi Vettel e Raikkonen andarem muito próximos a Hamilton e Bottas, mesmo com pneus menos aderentes.

Ferrari dá mostras que entregará um carro competitivo a Vettel e Raikkonen. Foto: Scuderia Ferrari

Mercedes segue sendo a favorita, mas Ferrari demonstrou progresso. Resta saber se os carros prateados ainda tem alguma "carta na manga". Foto: Mercedes AMG F1

DÚVIDAS: RED BULL E WILLIAMS

A Red Bull, segunda força de 2016, parece não ter conseguido encontrar nenhuma fórmula mágica para o seu RB13. Seu motor Renault pode atér ter melhorado, mas não dá mostras de que esteja no mesmo nível de Mercedes e Ferrari.

De qualquer forma, como seu projetista é Adrian Newey, e sua dupla de pilotos é bem forte, será preciso esperar mais um pouco para que se "bata o martelo".

A Williams apareceu bem no primeiro treino que Massa fez com o carro, na abertura dos trabalhos, na última segunda-feira. Porém, Lance Stroll, rodando, batendo e avariando o FW40, praticamente jogou pelo ralo qualquer avaliação mais profundo do carro de Grove.

Red Bull, até agora, nada que aponte para que sua dupla de pilotos tenha um carro vencedor. Foto: Red Bull Racing

CERTEZAS: MCLAREN E SAUBER

Tomando-se por base os defeitos do motor Honda nas duas primeiras sessões, e a "lanterna" do MCL-32 em velocidades máximas, o belo carro laranja do time de Woking fará Alonso amargar mais um ano sem resultados expressivos. Para Vandoorne, o que vier, é lucro.

A Sauber, hoje time de menor orçamento, em que pese o bom desempenho em velocidae máxima, pinta como candidata mais forte à "lanterna" do Mundial.

Na próxima semana, entre os dias 7 e 10, mais oito sessões de testes antes da abertura do campeonato, o GP da Austrália, em Melborune, dia 26 de março.

McLaren: nova "velha" cor mas o motor Honda continua sendo seu "calcanhar de Aquiles". Foto: McLaren F1

COADJUVANTES...

O meio do pelotão parece que terá bons embates. A Force India, quarta no campeonato passado, não fez tempos animadores com Hulkenberg e Ocon.

Enquanto isso, a Renault, com um carro integralmente seu, mostrou que pode terminar o ano no top-6. Bons treinos também da Haas. O time norte-americano cumpriu longos stints em Barcelona, com marcas convincentes.

A Toro Rosso não animou sua dupla, Sainz Jr. e Kvyat. O belo STR-12, azul e prata, com detalhes em vermelho, lembrando uma embalagem do chocolate "BIS", ficou no fim da tabela. Beleza não se põe à mesa...

STR-12: carro da Toro Rosso foi melhor no quesito beleza do que em desempenho. Layout semelhante a uma embalagem do chocolate "BIS" ficou bonito. Foto: Toro Rosso

DESAPEGA, NICO... OU VOCÊ VAI PARA A FERRARI?

Nico Rosberg, que surpreendeu a todos anunciando sua aposentadoria após o título conquistado em 2016, foi figurinha carimbada no pit-lane do circuito catalão. Conversou com Bottas, disse estar pronto a lhe dar conselhos para bater Hamilton. Sugeriu que espera tomar um drink com o finlandês.

Nico me deu a impressão de um cara "zen" quando anunciou sua saída da F1. Desde pequeno encarando a rotina de piloto, parecia ter "virado a chave", se desconectado. Vendo sua presença em Barcelona, já não tenho tanta certeza assim.

Não me surpreenderei, se em 2018 seja ele um dos pilotos da Ferrari, após ter feito de 2017 um período mais de quarentena do que sabático, para trocar uma poderosa por outra e esta mudança não ficar tão escancarada assim...

Nico Rosberg. Alemão passou ideia de que iria "chutar" a F1. Parece que não conseguiu desapegar... Voltará em 2018? Será piloto da Ferrari? Foto: arquivo pessoal de Nico Rosberg

 

 

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