Aos 62 anos, o dirigente é apoiado por Marcelo Teixeira

Aos 62 anos, o dirigente é apoiado por Marcelo Teixeira

Modesto Roma Junior é o novo presidente eleito do Santos. O dirigente é empresário e jornalista da cidade de Santos, tem 62 anos e tem o apoio do ex-presidente do clube Marcelo Teixeira, de quem foi superintendente.

Ele recebeu 1.371 votos, à frente de José Carlos Peres, com 1.139 e Fernando Silva, que teve 1.077. A chapa destes três candidatos irão compôr o conselho deliberativo do clube, já que alcançaram ao menos 20% do total de votos. Nabil Khaznadar, que recebia o apoio da atual gestão, do presidente Odílio Rodrigues, teve 735 votos, em último lugar, atrás ainda de Orlando Rollo, que recebeu 855 votos. 

"O pleito acabou. Somos todos Santos. Viva o Santos", disse Modesto Roma Jr. após o anúncio oficial do resultado da eleição.

O presidente eleito chorou na manhã deste sábado, no momento em que deixou seu voto na urna. Ele explicou que se emocionou muito por contar com o apoio de Zito, um dos líderes do clube nos anos áureos de Pelé e companhia. Apelidado de gerente pela autoridade em poder dar broncas em qualquer um, inclusive no camisa 10, o ex-jogador enfrenta problemas de saúde decorrentes de um AVC sofrido em julho deste ano.

O principal fator que levou Modesto Roma ao triunfo nas eleições santistas foi o apoio de Marcelo Teixeira, presidente do clube entre 1999 e 2009. Ele, inclusive, assume a condição: "Não tenho vergonha nenhuma (de ser conhecido como candidato do Marcelo Teixeira). Só estou aqui porque ele me pediu. Agora, ele vai mandar? Não. O presidente sou eu. Ele vai assumir o meu lugar em novembro? Não", declarou ao UOL Esporte.

Entre suas promessas de campanha, está o fim do Conselho de Gestão do Santos, criado pela gestão de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, que tirou Teixeira do poder em 2010, mas que saiu por questões de saúde, deixando o cargo para Odílio.

"Precisamos de uma administração profissional, com um Conselho de Administração que apoia essa administração profissional, não Comitê de Gestão, que você não pode tomar decisões e precisa esperar uma reunião semanal. Precisamos ter poder para resolver. Não podemos a cada reunião falar com a nossa tia, a nossa prima...", afirmou.

Ele não comentou sobre contratações para a próxima temporada. Sobre o técnico Enderson Moreira, que tem contrato até o fim de 2015, é um dos candidatos que afirmou que irá estudar a manutenção do treinador.

Durante a eleição, Modesto chegou a se emocionar. "O apoio do Zito, com toda doença... eu me emocionei muito por este apoio", contou o candidato depois de chorar no local de votação. Durante a campanha, Modesto recebeu uma foto de Zito com a camisa da chapa 4, representada por ele.

Assim como havia acontecido no último sábado (06), as urnas eletrônicas tiveram problemas nesta manhã (13), na eleição presidencial do Santos. Sem os aparatos, o pleito foi realizado com cédulas de papel.

As primeiras tentativas de votação só começaram às 10h30, meia hora depois da previsão para início das eleições. No entanto, todas as urnas eletrônicas usadas pelo Santos tiveram falhas técnicas.

Inicialmente, o Santos pediu 30 minutos para tentar solucionar o problema. Como isso não foi possível, o presidente do conselho deliberativo do clube, Paulo Schiff, determinou que a eleição fosse feita com cédulas de papel.

O pleito foi realizado no ginásio da Vila Belmiro – ao contrário do tradicional, que é o uso do salão de mármore. A mudança causou longas filas e tornou o processo mais lento, já que o ginásio tem apenas uma entrada e uma saída. As eleições do Santos também ocorrem em São Paulo, onde as urnas eletrônicas funcionaram normalmente.

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