Espanhol deixa a categoria pela qual estreou em 2001. Foto: McLarenF1

Espanhol deixa a categoria pela qual estreou em 2001. Foto: McLarenF1

A McLaren anunciou nesta terça-feira (14) que Fernando Alonso deixará a Fórmula 1 ao término do atual campeonato, após 17 temporadas, período em que conquistou dois títulos mundiais (2005 e 2006, ambos pela Renault), 32 vitórias e 22 poles.

O espanhol, que completou 37 anos no último 29 de julho, em que pese o triunfo neste ano nas 24 Horas de Le Mans, viveu um período amargo desde sua saída da Ferrari em 2014, passando a competir pela McLaren a partir de 2015, sofrendo com o desempenho limitado do propulsor Honda até o ano passado e mesmo neste ano, com a Renault, o time inglês não produziu um carro capaz de resultados convincentes.

“Depois de 17 anos maravilhosos neste esporte incrível, é hora de fazer uma mudança e seguir em frente. Eu aproveitei cada minuto dessas temporadas incríveis e não tenho como agradecer o suficiente às pessoas que contribuíram para torná-las tão especiais. Ainda há vários GPs para esta temporada, e vou participar deles com mais comprometimento e paixão do que nunca", comentou Alonso, que ainda não definiu se seguirá em outra categoria, como a Fórmula Indy e o Mundial de Endurance. A Indy, claramente é uma possibilidade, uma vez que a McLaren pode participara da categoria e Alonso sonha em conquistar a "Tríplice Coroa" caso vença as 500 Milhas de Indianápolis, completando o ciclo com os triunfos nos GPs de Mônaco de F1 e nas 24 Horas de Le Mans. Até hoje apenas um piloto conseguiu o feito, o inglês Graham Hill.

Sobre seu futuro, além de fechar o Mundial de F1 pela McLaren, por enquanto apenas é certo que seguirá disputando o Mundial de Endurance até o término da atual temporada, que se encerra em 2019, Alonso fez algumas considerações.

“Vamos ver o que o futuro nos traz; novos desafios emocionantes estão por vir. Estou tendo um dos momentos mais felizes da minha vida, mas preciso continuar explorando novas aventuras", salientou Alonso, que retoma suas atividades na F1 no próximo dia 24, para os primeiros treinos livres visando o GP da Bélgica de F1, em Spa-Francorchamps, prova que acontece no dia 26. Antes disso, já no próximo fim de semana, disputa as 6 Horas de Silverstone, prova válida pelo WEC (Campeonato Mundial de Endurance).

A decisão era esperada. Alonso fez uma postagem em sua página no Twitter no último sábado (11), deixando no ar que teria uma "bomba" para anunciar, o que se concretizou nesta terça-feira.

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TRAJETÓRIA NA F1

Fernando Alonso estreou pela Fórmula 1 em 2001, aos 19 anos, pela extinta equipe italiana Minardi, ocasião em que dividiu os boxes com o brasileiro Tarso Marques nas 14 primeiras provas da temporada e com o malaio Alex Young nas três últimas, pois Tarso foi sacado do time.

Foi um ano difícil para o espanhol, que não pontuou em nenhum dos 17 GPs, embora é bom frisar que naquela época apenas os seis primeiros eram contemplados. Sua melhor colocação com o carro da Minardi em seu ano de estreia na F1 foi o décimo lugar no GP da Alemanha, em Hockenheim.

Em 2002 não disputou nenhum GP mas alicerceu seu futuro na Renault, como piloto de testes, para assumir definitivamente o cockpit do time francês em 2003, subindo ao pódio já na segunda corrida, o GP da Malásia, e repetindo o feito na etapa seguinte, no Brasil. Venceu seu primeiro GP naquele ano, na Hungria, fechando a temporada em um ótimo sexto lugar, duas posições melhor que seu companheiro de equipe, o italiano Jarno Trulli.

Quarto colocado no Mundial de 2004, novamente pela Renault, Alonso chegou ao topo nas duas temporadas seguintes, ainda pela equipe francesa, conquistando seus únicos títulos na F1, em 2005 e 2006.

Um ano "nitroglicerínico" com Hamilton na McLaren em 2007, o fez retornar para mais duas temporadas na Renault, conseguindo apenas duas vitórias, ambas em 2008, para depois buscar outros triunfos pela Ferrari, permanecendo no time escarlate entre 2010 e 2014. No time italiano conseguiu 11 vitórias mas não voltou a ser campeão, tendo sido vice em 2010, 2012 e 2013.

Desde 2015 está na McLaren, nos três primeiros anos sofrendo com a fragilidade e a falta de potência do motor Honda, e na temporada em curso com o propulsor da Renault, mas nunca mais voltou a subir ao pódio.

Se na F1 os resultados de Alonso estiveram distantes de suas reais capacidades nos últimos tempos, o mesmo não se pode dizer sobre seu desempenho na mais importante prova do endurance mundial. Em 17 de junho de 2018 ele venceu as 24 Horas de Le Mans, formando o trio do Toyota TS050 Hybrid ao lado do japonês Kazuki Nakajima e do suíço Sébastien Buemi.

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