A eliminação frente ao River Plate, na última quarta-feira, pela Libertadores, fez com que o nome de Marcelo Oliveira passase a ser bastante questionado nos bastidores do Cruzeiro. A sombra do recém desempregado Vanderlei Luxemburgo é outro fator que complica ainda mais o quadro do atual treinador da Raposa. Em coletiva realizada nesta sexta-feira, Marcelo revela estar preparado para qualquer situação, embora não tenha desejo de deixar o clube.

"Eu penso que seja lamentável essa situação, porque é demonstração que não existe convicção em relação ao trabalho do técnico. Técnico depende de resultados, mas resultados não dependem só do técnico. Clubes estão mal financeiramente, pagam vários técnicos, trocam o trabalho permanentemente. Felizmente, tenho trabalhado durante muito tempo. Foram dois anos no Coritiba e dois anos e quatro meses no Cruzeiro. Esperamos dar sequência, mas estamos preparados para todas as situações", comentou Marcelo Oliveira.

"Já tive propostas para sair. Mas por questão ética e estar feliz, não aceitei conversar. Aceito qualquer opção profissional que for feita a qualquer momento. Conversamos com os jogadores hoje, em tom de cobrança e indignação. Temos oportunidade agora de começar a pontuar no Brasileiro. O Cruzeiro não é pior nem melhor do que ninguém", complementou.

Um dia após a eliminação cruzeirense, o gerente de futebol, Valdir Barbosa rechaçou qualquer possibilidade de encerramento do vínculo com o treinador bicampeão brasileiro. O presidente Gilvan de Pinho Tavares, nesta sexta-feira, engrossou o coro e descartou a saída do técnico, negando também qualquer conversa com Vanderlei Luxemburgo, amigo pessoal de Gilvan.

"Essa é a maior mentira. Eu nunca procurei o Vanderlei. Não sei como colocam isso na imprensa", limitou-se a dizer, Gilvan.

Foto: UOL