Leandro vai embora do Palmeiras. O jogador foi liberado para acertar-se com o Santos, que o receberá por empréstimo

Leandro vai embora do Palmeiras. O jogador foi liberado para acertar-se com o Santos, que o receberá por empréstimo

Marinho Saldanha
Do UOL, em São Paulo

Leandro vai embora do Palmeiras. O jogador foi liberado para acertar-se com o Santos, que o receberá por empréstimo. Com 22 anos, o atacante, que já foi chamado de 'Neymar' no começo da carreira, vê se repetir o que havia se passado no Grêmio. Arranca bem, o rendimento cai e ele acaba cedido a outra equipe e desvalorizado. 

Leandro deu os primeiros chutes no profissional do Grêmio por influência de Renato Gaúcho, então técnico do time. Sem dinheiro para contratar e após ter perdido Jonas para o Valencia, o clube gaúcho viu no jovem, na base chamado de Weverson, potencial para crescer. 
 
E tão logo começou a ter oportunidades, Leandro foi muito bem. Marcou sete gols em 12 jogos no Gauchão de 2011, renovou contrato por cinco anos e o então presidente gremista, Paulo Odone, afirmou que 'se tratava da principal contratação para as fases decisivas da Libertadores'. Mas durou pouco. Com atuações apagadas, ele teve apenas dois jogos para disputar no torneio continental, já que o Grêmio caiu nas oitavas para o Universidad Católica, do Chile. 
 
Renato, ainda, foi responsável por tentar barrar algo que fez Leandro chamar ainda mais atenção: seu apelido. Ninguém dizia Weverson (primeiro nome dele) ou mesmo Leandro. Ele era chamado de Neymar. Não apenas pela semelhança (usavam o mesmo penteado), mas pelo futebol que poderia ter no futuro. "Pode ter certeza que vocês ainda vão ouvir falar muito sobre o Leandro. Tem muita qualidade e personalidade. Isso fica claro a cada treinamento. Está melhorando, evoluindo, e aproveitando as chances", disse o meia Douglas, na época. Renato vetou o apelido, mas já tinha ficado marcado.
 
Renato foi demitido, Luxemburgo contratado, e Leandro viu seu rendimento cair. Virou reserva, pouco utilizado e entre 2011 e 2012, ficou quase um ano sem marcar um gol sequer. Ao todo foram 350 dias de jejum até os dois gols marcados diante do Sport, em agosto de 2012. 
 
O Tricolor decidiu emprestá-lo. Foi para o Palmeiras na negociação que levou Barcos ao Grêmio. E no alviverde, foi o único dos quatro jogadores cedidos (Léo Gago, Rondinelly e Vilson completaram a lista) a ser aprovado. E não foi para menos, marcou 13 gols na Série B, seis no Paulista e teve até uma convocação para seleção brasileira. Lá também marcou um gol. 
 
Por isso, o alviverde resolveu comprar seus direitos após o empréstimo. Desembolsou R$ 8 milhões por 64% dos direitos do atleta. Mas tão logo passou a ser jogador do Palmeiras de forma definitiva, o rendimento caiu. Os gols já não ocorriam com a mesma frequência, fez apenas um no Paulista, um no Brasileiro e um na Copa do Brasil. E em novembro veio um edema ósseo no pé esquerdo que o obrigou a passar por cirurgia e ficar fora de atividade até o Brasileiro deste ano. 
 
De volta, viu a concorrência aumentar e também já não tem o mesmo status. Perdeu valor no clube, já não é considerado relevante no elenco. Tanto que tem à sua frente Mouche, Gabriel Jesus, Dudu, Kelvin e Rafael Marques. E se fosse atuar como centroavante, teria que disputar vaga com Leandro Pereira, Barrios, Alecsandro e Cristaldo. 
 
A tentativa de recomeço se apresenta no Santos. "É um jogador que precisa buscar uma recuperação da carreira, precisa de um novo momento na sua carreira, e espero que as coisas aconteçam e que ele seja feliz no Santos", afirmou o técnico Dorival Júnior. O alvinegro do litoral paulista deve anunciar o jogador até o início da próxima semana. 
 
Foto: UOL

Últimas do seu time