A troca de farpas entre o atual presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e o antigo mandatário, Juvenal Juvêncio, ganhou novos capítulos

A troca de farpas entre o atual presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e o antigo mandatário, Juvenal Juvêncio, ganhou novos capítulos

A troca de farpas entre o atual presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, e o antigo mandatário, Juvenal Juvêncio, ganhou novos capítulos nesta sexta-feira. Em entrevista ao programa Jogo Aberto, da Rede Bandeirantes, Juvenal rebateu as críticas feitas por Aidar durante entrevista coletiva, nesta semana, e afirmou ter errado na escolha do seu sucessor. 

O antigo mandatário do São Paulo comentou as declarações de Aidar emitidas durante a semana, quando o presidente externou sua insatisfação com os problemas internos vividos no clube, rachado entre os que apoiam o ex-presidente e aqueles que aprovam a atual diretoria, e disse que Aidar não tem a real noção de quantas pessoas estão contra seu mandato. "Tinham 200 conselheiros lá na segunda-feira para me ouvir, fui aplaudido de pé. Ele não sabe quem está com ele. Pra ele, aquilo (conselho do clube) é uma massa informe. O negócio sobe para a cabeça dele. Como ele é baixinho, não precisa de muito esforço para subir", ironiza.
 
Já Aidar contrapõe a afirmação de Juvenal ao afirmar que o antigo mandatário não consegue abrir mão do poder, e ironizou o desafeto ao afirmar que "a oposição são apenas três conselheiros, cabendo no banco da frente de uma Kombi". "Fui eleito pelos 240 conselheiros do São Paulo e tenho mandato até abril de 2017. Cumprirei tudo de forma transparente, doa a quem doer. Cansei de ficar ouvindo besteiras de pessoas que puxam o saco do ex-presidente. Quem quiser continuar nesta diretoria será nesta linha. Cansei", critica Aidar.
 
Juvenal seguiu seus ataques ao seu antigo aliado ao citar a recente polêmica envolvendo o comissionamento para a namorada de Aidar em contratos firmados para o São Paulo. "O São Paulo não aceita isso, e vocês verão que não aceita. Estou conversando primeiro com as pessoas do conselho, porque o São Paulo tem poderes, conselheiros, presidente do conselho. O conselho vai se manifestar em relação a isso, e ele vai ter que por essa mulher pra fora, porque senão ele não se aguenta, quem sai é ele. Ele não sabe o que lhe espera", prevê Juvenal.
 
O ex-presidente ainda rebateu as acusações de Aidar sobre a dívida que o clube possui atualmente, afirmando que o desafeto não saberia avaliar os números por "não estuda-los". Durante a semana, Aidar afirmou ter assumido o clube em janeiro de 2014 com uma dívida bancária de R$ 98,2 milhões, ressaltando que várias informações teriam sido sonegadas. Para Juvenal, a culpa da crise financeira é do próprio dirigente, que usou o capital de giro do clube para contratar Alan Kardec. "Ele fez com o dinheiro que eu deixei no caixa, não foi pegando em banco nenhum. Ele pegou todo o capital de giro, aplicou em um jogador – que eu acho muito bom-, e ficou zerado em relação ao clube no dia a dia", avalia.
 
Por fim, Juvenal encerra as críticas dizendo ter cometido um erro ao indicar Aidar para a presidência do clube, e que estes ataques são uma forma de desassociar a imagem dele da presidência do clube. "Esse processo de autodefesa é muito difícil. Ele resolve me atacar para dar explicações das coisas que acontecem com ele. Aidar solta essas coisas e traz desinformação à imprensa, prejudicando a imagem da instituição", conclui. 
 
Foto: UOL

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