Diego Salgado
Do UOL, em São Paulo
Preterido pelo Corinthians após protestos de torcedores nas redes sociais, o atacante Juninho soube da desistência da contratação logo que chegou à sede social do Corinthians, no fim da tarde de quinta-feira. O advogado do atleta, Ernesto Cavalcanti, disse em entrevista ao UOL Esporte que irá à Justiça contra o clube paulista por ter "desorganizado a vida do jogador".
"Vamos judicializar uma ação indenizatória violentíssima contra o Corinthians. Em oito dias, Juninho esteve duas vezes em São Paulo e desocupou o apartamento antes de ir. Ele recebeu uma carta do Corinthians com os valores a serem pagos mensalmente", disse o advogado do atleta que foi indiciado por agressão à ex-noiva.
De acordo com Ernesto, Juninho esteve em São Paulo há oito dias, ainda no começo das negociações. Ele disse ainda que o clube pediu que ele retornasse à capital paulista mesmo com a repercussão negativa entre os torcedores a partir da noite da última terça-feira. Tanto as passagens quanto as hospedagens foram pagar pelo Corinthians.
"De ontem [quarta-feira] para hoje [quinta-feira] a diretoria do Corinthians conversou comigo várias vezes, me pediu cópia do processo", explicou Ernesto, que tentou contato com os diretores corintianos e obteve resposta por volta das 20h30, três horas depois de o clube divulgar a decisão à imprensa.
Juninho chegou ao clube por volta das 17h acompanhado dos seus representantes e ouviu de Carlos Nujud, diretor da base, que a contratação não seria concretizada. O Corinthians, segundo Ernesto, prometeu conversar novamente com ele a fim de explicar a decisão. O presidente do clube, Andrés Sanchez, deve fazer parte do encontro.
Ernesto contou também que a esposa de Juninho, chamada Yasmin, passou mal após saber do distrato. Ela está grávida de oito meses e, de acordo com o advogado, teve de ir a um hospital. Ele afirmou ainda que teme pela integridade física do atacante por causa da repercussão do caso.
O advogado frisou que seu cliente vem cumprindo rigorosamente as determinações da Justiça após ser indiciado. "Onde está a ressocialização? Isso é uma hipocrisia. O clube quer que o Juninho, que tem um talento enorme, volte para Teresina para quebrar pedra? Nenhum demérito em quebrar pedra, mas Juninho tem talento para jogador futebol e está pagando um preço maior que o código penal vai lhe impor", ressaltou.
Segundo Ernesto, a ideia é esperar Juninho retornar a Recife para juntar toda a documentação e acionar o Corinthians judicialmente. O atleta era esperado por ele na capital pernambucana ainda na noite da última quinta-feira.
De acordo com apuração do UOL Esporte, pessoas ligadas à base do Corinthians foram voto vencido na contratação. Dirigentes do setor eram a favor da permanência de Juninho no clube, mas tiveram de acatar determinações de cima.
Na última terça-feira, o Sport anunciou a transferência de Juninho ao Corinthians por meio de uma nota em seu site oficial. De forma imediata, torcedores alvinegros iniciaram uma campanha contra a vinda do atleta no Twitter - a hashtag criada foi um dos assuntos mais citados na rede social naquela noite. Pouco antes, o próprio clube lembrou os 12 anos da Lei Maria da Penha e orientou torcedoras a denunciar abusos e violência
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