O goleiro Jefferson defendeu a seleção brasileira contra a Argentina e Japão. Diferentemente do atacante Diego Tardelli e do volante Elias , que também jogaram com amerinha e atuaram por seus clubes na quarta-feira, o defensor do Botafogo se recusou a jogar um dia depois dos companheiros, contra o Santos, alegando cansaço.

"Após me apresentar com a seleção brasileira nesses dois últimos amistosos, tive uma viagem muito desgastante de 26 horas. Assim que cheguei ao Brasil entrei em contato com a diretoria, conversamos e chegamos ao entendimento que seria mais prudente para mim e para a equipe não estar em campo nessa quinta-feira, e que no domingo, contra o Sport, eu já estaria apto a estar em campo e ajudar o clube", explicou Jefferson através de sua assessoria de imprensa.

O técnico Vagner Mancini e o diretor Wilson Gottardo desmentiram o atleta e ficaram indignados com a situação. "Nós analisamos a logística da seleção e vimos que era possível encaixar o Jefferson neste jogo. Ele foi comunicado para se apresentar aqui em São Paulo e tínhamos um funcionário para recebê-lo no aeroporto, mas ele tomou a posição de ir para o Rio. Ele estava na relação, Mancini contava com ele, mas o Jefferson disse que não tinha condições de jogo, que estava cansado, com dores nas pernas. Falei que ele tinha que ter se apresentado para comunicar a mim e ao Mancini. Foi uma decisão dele. É um ídolo do clube e titular da seleção, mas o Botafogo não concordou. Existem regras", desabafou o diretor Wilson Gottardo.

Jefferson e Botafogo estão desgastados. O goleiro junto com Emerson, Bolívar, Julio Cesar e Edilson lideraram um protesto por salários atrasados, o defensor da seleção foi o único que não foi demitido.

Foto: UOL