Paolo Guerrero vive seu retorno ao Internacional nos momentos finais da punição. Foto: Ricardo Duarte/Inter/Via UOL

Paolo Guerrero vive seu retorno ao Internacional nos momentos finais da punição. Foto: Ricardo Duarte/Inter/Via UOL

Paolo Guerrero voltou a treinar. Depois de seis meses apenas realizando atividades por contra própria, o peruano realizou uma bateria de testes no Inter em seu primeiro dia. E o clube gaúcho montou uma programação especial para os dois meses que seguem. Entre atividades normais e jogos-treino específicos, a meta é colocar o atacante de 35 anos plenamente apto para jogar quando a suspensão por doping terminar.

Durante os meses longe do Brasil, Guerrero se dividiu entre a tentativa de reverter a pena, momentos em família e treinamentos. De forma particular, esteve em atividade constante para quando pudesse voltar não estivesse tão atrás dos companheiros. E ainda que não tivesse ingerência alguma, o Inter recebeu relatórios periódicos das atividades realizadas por ele.

"Não tivemos nenhuma interferência no trabalho que ele realizou no Peru. Nem poderia ter por conta da punição. O que a gente fazia era procurar saber para ter uma ideia. Agora saberemos qual a real condição dele e como trabalhará com nossos profissionais", disse o vice de futebol Roberto Melo.

O início de atividades é uma rotina de testes de campo e vestiário. Guerrero passará pelos mesmos procedimentos dos demais jogadores no início da pré-temporada. Os limiares de força e resistência estabelecidos irão indicar quais atividades físicas ele precisará fazer e quais trabalhos com o grupo e com bola já serão incluídos na rotina.

"A ansiedade dele é o que temos que conter. Estamos falando de um atleta de ponta mundialmente reconhecido, que lhe foi tirado o direito de exercer seu trabalho. Não é fácil o que ele já vem sofrendo. E quanto mais se aproxima, teremos que conter esta ansiedade dele. É um cuidado que teremos que ter. O fato dele conviver com os colegas, participando das rotinas do clube, já minimiza isso", explicou o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano.

A ideia é integrar Guerrero ao elenco o quanto antes, para que aos poucos ele entenda a forma de atuar do time. No ano passado, o peruano realizou apenas alguns treinamentos até ver cair a liminar que o autorizou a jogar a Copa do Mundo e algumas partidas pelo Flamengo na sequência.

"Vamos, primeiro, analisar todos os exames e apontar uma programação para ele. Com a noção exata do que poderá fazer irá, gradativamente, ser integrado ao grupo para ter essa evolução de dia a dia e estar pronto para jogar quando estiver liberado. Treinará normalmente com o grupo e queremos que fique pronto o mais rápido possível", falou o técnico Odair Hellmann.

O Internacional ainda realizará, mais perto da estreia de Guerrero, uma bateria de jogos-treino para que ele conquiste ritmo de jogo. Ciente de que os treinamentos possuem outro ritmo de competição, a meta do clube é ter ao menos dois duelos contra adversários no fim de março.

"Se for ver, começamos o campeonato sem fazer nenhum amistoso ou jogo-treino. Ele vai participar de jogos-treino, coletivos, toda questão normal como um jogador que não está relacionado. Como se fosse um jogado com uma suspensão de 60 dias, como de fato é. Estará engajado nas atividades. Pode fazer jogo-treino, se não for competição, é treinamento. Tudo que for possível ser feito nas atividades de campo, será feito. Elas já procuram se aproximar ao máximo do jogo. Este é o trabalho do Odair e da comissão, para que os treinamentos se aproximem de situações de jogo. Estará engajado nisso para que sofra menos na sua volta. É o desejo de todos nós", acrescentou Caetano.

O calendário de Guerrero o libera a atuar a partir de 5 de abril. Restarão três jogos da fase de grupos da Libertadores e as finais do Gauchão logo de cara. Mais adiante o Brasileiro e a Copa do Brasil.

O jogador ainda nutre a expectativa de atuar na Copa América e espera que os primeiros meses de Inter o deixem apto a ser chamado por Ricardo Gareca para o torneio que ocorre em junho, no Brasil.

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