O jogo ainda foi marcado pelo beijo de um zagueiro no pescoço de Rafael Moura

O jogo ainda foi marcado pelo beijo de um zagueiro no pescoço de Rafael Moura

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre

O Internacional não conseguiu escapar da estratégia do Ceará nesta quarta-feira, no Beira-Rio. A equipe de Abel Braga parou diante de uma marcação pressão e sofreu com o ataque mais efetivo da Série B do Campeonato Brasileiro em jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Nikão e Ricardinho marcaram e Alan Ruschel descontou: 2 a 1. Mas Magno Alves perdeu um pênalti que poderia deixar o tropeço do time gaúcho maior. O jogo ainda foi marcado pelo beijo de um zagueiro no pescoço de Rafael Moura.

Na metade do primeiro tempo, o zagueiro Sandro dividiu uma bola com o camisa 11 do Internacional. E depois foi flagrado dando um beijinho no pescoço de Rafael Moura. A cena inusitada não mudou o resultado em si, mas coroou uma atuação segura da defesa do Ceará. Que deu um nó tático com grande aplicação e forçando o Colorado a rifar a bola. E frustrando a ideia de 'ataque total', defendida por Abel Braga.

A vitória deixa o Ceará mais perto das oitavas de final da Copa do Brasil. Na partida de volta, no dia 13 de agosto no Castelão, a equipe dirigida por Sérgio Soares pode até perder por 1 a 0 que avança para a próxima fase. O Inter, por sua vez, vai precisar ganhar por dois gols de diferença para seguir.

Fases do jogo: O Internacional não conseguiu jogar na primeira parte do jogo em Porto Alegre. Reflexo da marcação alta do Ceará, que forçava o time de Abel Braga a rifar a bola com chutões. Com um ataque ilhado e a defesa exposta, Willians e Fabrício cometeram pênalti em Nikão antes dos 15 minutos. Magno Alves não foi preciso na cobrança e Dida saltou no canto direito para espalmar. Adiando o gol dos visitantes.

Com o Ceará variando entre 3-5-2 e 4-4-2, o Inter só foi conseguir concluir aos 28 minutos. E graças a intromissão de Alex, que apareceu dentro da grande área para desviar de cabeça e obrigar Tiago a fazer boa defesa. Fabrício ainda chutou forte e mandou para fora outra boa chance antes do intervalo. Mas as oportunidades não abafaram a atuação fraca, que seguiu na etapa final. Mesmo com mais vontade, triangulando com passes curtos, o Colorado não chegou até o gol com força para marcar.

Deu espaços e entregou de mão beijada o que o Ceará queria. Em ótimo lançamento de Magno Alves, Nikão ganhou de Juan na velocidade, ainda driblou o zagueiro duas vezes e chutou forte para vencer Dida aos 9 minutos. A desvantagem em casa deixou o Internacional muito mais ansioso e vulnerável. O Ceará preferiu fazer cera, queimar tempo, e pagou o preço por fraquejar em sua proposta. Aos 47 minutos, Alan Ruschel aproveitou o rebote e empatou. Mas a resposta foi imediata e na saída de bola, Ricardinho recebeu na direita, passou de viagem por uma defesa desorganizada e chutou cruzado para fazer 2 a 1. Dois gols em menos de um minuto e a justiça no placar pelo produzido em todo o confronto.

Beijinho: Na metade do primeiro tempo, o zagueiro Sandro promoveu uma cena inusitada. Responsável por colar em Rafael Moura, o camisa 3 tascou um beijo no pescoço do centroavante do Internacional. Além de tirar uma casquinha, o defensor ajudou a anular o ataque do time gaúcho. "Isso e normal. Ali dentro a gente faz mesmo. Eu cheguei ele, ficou brabo e dei um beijo para tentar acalmar. É normal, é normal", disse o marcador após o jogo.

O melhor: Nikão – camisa 10, ao lado de Magno Alves e Bill, levou perigo ao gol do Inter o jogo todo. Sofreu o pênalti não convertido no primeiro tempo e balançou as redes na etapa final. Ditou o ritmo do Ceará quando os visitantes tinham a bola no pé.

O pior: Willians – volante foi a principal vítima da postura do Ceará. Foi desarmado diversas vezes na frente da área e deixou exposta a defesa. Além de errar lançamentos e passes curtos, uma tradição do jogador com a camisa do Internacional que se confirma em cada partida.

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