O Internacional não marcava um gol desde a estreia no Campeonato Brasileiro

O Internacional não marcava um gol desde a estreia no Campeonato Brasileiro

Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre

O Inter, enfim, marcou gols. Depois de 518 minutos de bola rolando e 36 dias, o Colorado rompeu jejum nesta segunda-feira (21) e venceu a Chapecoense por 3 a 0, pela sexta rodada do Brasileirão, no Beira-Rio. De quebra, deixou a zona de rebaixamento com os feitos de Lucca, Rodrigo Moledo e Patrick.

Agora com oito pontos, o Inter pulou para o 10º lugar na classificação, e empurra o Atlético-PR para a zona de rebaixamento. A Chapecoense, derrotada, para com seis pontos em 16º. Na próxima rodada, o Colorado pega o Corinthians, no Beira-Rio. Já a Chape visita o Fluminense, no Rio de Janeiro.

O Internacional não marcava um gol desde a estreia no Campeonato Brasileiro. Foram cinco jogos, mais de um mês em jejum. Ao todo, 518 minutos de bola rolando sem gol até o feito por Lucca aos 38 da etapa inicial.

Foi bem: Damião recupera bola perdida de puxeta em gol
Foi Leandro Damião o protagonista no fim do jejum de gols do Inter. E o centroavante não marcou. Ele deu uma puxeta num cruzamento praticamente perdido de William Pottker, a bola foi para Edenílson que escorou, e Lucca abriu o marcador.

Foi mal: Apodi sofre com Lucca
O lateral direito da Chapecoense sofreu. Não conseguiu contar os avanços do extrema do Colorado, acabou repetindo faltas e deixando espaços bem aproveitados pelo Inter. Em uma das faltas cometidas, saiu o segundo gol do jogo.

D´Alessandro fica fora por lesão
D´Alessandro seria personagem da partida de qualquer forma. Depois de perder a cabeça contra o Flamengo, mesmo no banco entrar e brigar com Luan no clássico Gre-Nal, ele atuaria por força de um efeito suspensivo conquistado pelo jurídico do Inter no STJD. Contudo, uma entorse no tornozelo esquerdo impediu a presença em campo.

Inter usa pivô e enfiadas em diagonal
Sem D´Alessandro, o Colorado mudou seu perfil criativo. Em vez de procurar o argentino para criar tramando curto, foram os lançamentos em diagonal as costas da defesa que povoaram o repertório vermelho. Foi assim desde o primeiro minuto e nem sempre do meio para o flanco. Por vezes, a criação partia do lado e buscava a infiltração de Damião para o pivô entre os zagueiros.

Chapecoense aposta em transição veloz
A Chapecoense postou-se defensivamente. Mas não foi o time retrancado que o Inter esperava. Com dois pontas, Canteros como meia e Wellington Paulista centralizado, o time de Gilson Kleina passou longe de ser uma retranca. Por outro lado, saiu em velocidade e povoou seu setor ofensivo sempre com uma transição muito eficiente. Acertou a trave e sempre foi perigoso no jogo.

Odair promove jovem que tem ganho espaço
Odair Hellmann, quando mexeu, optou por usar um jogo controlado e uma vitória encaminhada para promover a entrada de um jovem que ganha espaço no elenco. Juan Alano substituiu Edenílson e teve empenho premiado com mais alguns minutos. O comando técnico quer dar ao jogador as características necessárias para jogar no centro e manter o poder de criação.

Kleina faz o óbvio
Gilson Kleina mudou quase nada da Chapecoense. Mesmo perdendo, esperou até sofrer o segundo gol para trocar e quando o fez só tirou jogadores e colocou outros das mesmas posições. Mudou apenas, de fato, quando usou dois centroavantes na entrada de Leandro Pereira no lugar de Arthur.

Foto: ROBERTO VINÍCIUS/ESTADÃO CONTEÚDO (via UOL)

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