A última vitória havia sido diante do Atlético-MG, no longínquo 16 de junho, por 2 a 0

A última vitória havia sido diante do Atlético-MG, no longínquo 16 de junho, por 2 a 0

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre

Depois de 75 dias, o Internacional voltou a vencer. Nesta quarta-feira (31), o time gaúcho fez 3 a 0 em cima do Fortaleza e encerrou o maior jejum de vitórias de sua história. Mesmo que o resultado no Beira-Rio encaminhe a vaga às quartas de final da Copa do Brasil, o que mais importou ao Colorado foi ter atingido seu objetivo: recuperar confiança.

A vitória contra o time da Série C do Brasileirão merece suas ressalvas. A diferença técnica, a proposta do adversário de só esperar e não atacar. Mas ainda assim, teve boas notícias. A principal foi a redenção dos atacantes e o fim da sequência de 14 partidas sem vitória.

A última vitória havia sido diante do Atlético-MG, no longínquo 16 de junho, por 2 a 0. Na incrível série, o time gaúcho perdeu nove vezes e saiu da liderança do Campeonato Brasileiro para zona de rebaixamento.

Na partida de volta das oitavas de final, em 22 de setembro, o Inter pode até perder por dois gols de diferença que avança na competição. Antes, o Colorado volta a campo pelo Brasileiro e recebe o Santos. O jogo, na próxima quinta-feira (8) é a chance para confirmar a evolução e reação.

Quem desequilibrou: William e Seijas
A contribuição de Wiliam salta mais aos olhos. Foi dele o cruzamento milimétrico para o primeiro gol no Beira-Rio. De volta a função de origem, depois de ser meia contra o Sport, o camisa 2 seguiu até o fim sendo peça-chave. Luis Manuel Seijas cobrou escanteio para o gol de Aylon e antes, chutou forte e viu Berna dar rebote para Nico López marcar.

Quem decepcionou: ex passam em branco
Por muitos anos, o Beira-Rio foi palco de uma lei universal no futebol. Todo ex-jogador que voltava ao estádio, balançava as redes. Juliano e Rosinei passaram pelo Inter, mas não fizeram gols. O camisa 11 até foi participativo, mas sucumbiu com todo o time.

Atacantes desencantam
Em um time que não vencia há 14 jogos, o ataque sempre chama atenção. Depois de seis partidas, os atacantes voltaram a balançar as redes. Aylon encerrou jejum de incríveis 80 dias. Nico López, reforço mais caro e badalado do clube na temporada, fez o primeiro pelo clube na quinta partida.

Inter ganha confiança com bola longa
Depois de um início com aposta em uma estratégia de segurança, simplificando e explorando o lado direito, o Inter dominou o jogo por completo. O gol cedo deu confiança, fez o time ter mais liberdade para arriscar. Mesmo com dificuldade para infiltrar ou ter vantagem no um contra um, foi superior. Seguro. No começo do segundo tempo já tinha larga vantagem e pôde até se dar ao luxo de dosar o fôlego.

Fortaleza esperou e não jogou
Todo recuado, o time cearense não conseguiu segurar o zero por mais de 10 minutos e nem aproveitar o contra-ataque. Mesmo com triangulações rápidas, o Fortaleza passou longe de assustar o goleiro Danilo Fernandes. Nem Anselmo, autor de 22 gols no ano, conseguiu levar os visitantes à frente. Falhas de marcação e posicionamento também prejudicaram a proposta.

Celso Roth explora William e inversões
O 4-4-2 do Inter teve como novidade William de volta à lateral direita. Ceará foi preservado. O camisa dois foi a principal arma do time no começo, na fase do jogo onde o Colorado explorou muito as inversões e os lançamentos longos. Rodrigo Dourado, Seijas e Valdívia formaram o tripé responsável por essa jogada.

Marquinhos apostou em Juninho
Com um 4-1-4-1, o Fortaleza esperava explorar as costas de William. Juninho ficou todo o primeiro tempo à espera do espaço e até teve chances para chegar lá. Não conseguiu conectar as jogadas e foi afundando. Com ele, também foi por água abaixo o plano de Marquinhos.

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