Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre

Internacional e São Paulo já se enfrentaram quase 20 vezes desde a final da Libertadores de 2006, mas nenhum dos jogos teve tantos reencontros como o confronto desta quarta-feira, a partir das 22h no Beira-Rio. Abel Braga e Muricy Ramalho, os técnicos daquela decisão, estarão exatamente nas mesmas posições. E Alexandre Pato, prodígio da base do Colorado, revê o estádio onde se formou pela primeira vez vestindo outra camisa.

Abel e Muricy se cruzaram no Beira-Rio apenas uma vez após o triunfo vermelho de oito anos atrás. Foi em 2007, quando o São Paulo venceu por 2 a 1 e seguiu a passos largos rumo ao bicampeonato do Brasileirão. As idas e vindas do futebol impediram um novo encontro da dupla no estádio, nos mesmos cargos daquela noite de 16 de agosto de 2006.

Desde então, Internacional e São Paulo se enfrentaram 17 vezes. O Colorado teve novo êxito em Libertadores, no ano de 2010, mas também perdeu no Beira-Rio: 3 a 0, em 2011. Uma derrota que custou o emprego de Paulo Roberto Falcão, então treinador e demitido na manhã seguinte do revés.

"É muito bom retornar ao Beira-Rio, tenho um grande carinho pelo Inter", comentou Muricy Ramalho, treinador do entre 2003 e 2005, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Já Alexandre Pato ainda não sabe bem como é encarar o Inter em Porto Alegre. Criado nas categorias de base do clube, e grande revelação do Mundial de Clubes de 2006, o atacante jogou pela última vez no estádio em 2009 – com a seleção brasileira enfrentando o Peru.  Por clubes, a despedida foi dois anos antes, na derrota do Colorado para o Vasco por 2 a 0.

Depois daquela partida, em 1ª de agosto de 2007, Pato passou a ser jogar do Milan e conviveu com o status de novo fenômeno do futebol mundial. Teve começo promissor, mas logo decaiu. Lesões musculares, gols mais escassos e distanciamento até mesmo da seleção brasileira. Voltou ao Brasil em 2012, para o Corinthians.

Encarou o Inter em São Paulo, no ano passado, mas passou longe do Beira-Rio . Até porque o Colorado atuou em Novo Hamburgo contra o time então dirigido por Tite. Neste ano, deixou o Corinthians e foi para o São Paulo – rival do clube que o revelou por vários meses na década passada. E mesmo com altos e baixos, dá dor de cabeça.

"O Pato vai voltar ao Beira-Rio, tem história aqui no clube e muito respeitado por nós. Vai ser bem recebido. Não sei, espero que não vá tão bem no jogo contra a gente. Acho que não vai aprontar nenhuma, vai estar tranquilo. Espero", comentou D'Alessandro.

Para o Internacional, o jogo dos reencontros pode significar uma série de seis vitórias consecutivas. E nova liderança provisória – como ocorreu no final de semana. No São Paulo a meta é atingir o terceiro triunfo seguido e colar de vez no topo da tabela.

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