Em apenas um dia ele andou com os 28 carros, totalizando cerca de 650 quilômetros no Autódromo de Goiânia

Em apenas um dia ele andou com os 28 carros, totalizando cerca de 650 quilômetros no Autódromo de Goiânia

O maior campeão da Stock Car, Ingo Hoffmann, que conquistou 12 títulos na categoria, falou com exclusividade ao Portal Terceiro Tempo neste final de semana no Autódromo Internacional de Goiânia, palco da penúltima etapa da Mitsubishi Lancer Cup, disputada em rodada dupla, segunda vez que a categoria competiu fora do Velo Città, em Mogi Guaçu, interior de São Paulo.

Ingo deixou a Stock Car em 2008, e fez uma prova pela categoria neste ano, como convidado na corrida de duplas, dividindo carro com o atual campeão, Rubens Barrichello. Desde 2013  trabalha junto à Mitsubishi comandando o Lancer Experience, o Mitsubishi Racing School e o Premium School, programas que contam com aulas teóricas e práticas, participando ativamente da formação de pilotos e também prestando assessoria técnica aos que participam das duas categorias do certame: a Lancer RS (carros de 340 cavalos) e a Lancer R (carros de 310 cavalos).

E o trabalho de Ingo Hoffmann não se resume aos treinos e as duas baterias de cada etapa. No caso do evento na capital goiana, Ingo chegou na última terça-feira (29/09) para testar os carros e deixá-los perfeitos para todos os 28 carros, totalizando cerca de 650 quilômetros. Ingo também presta assessoria aos pilotos durante o final de semana, utilizando-se da metria para ajudar os competidores em suas performances. E, no caso da etapa de Goiânia, levou jornalistas para uma volta rápida no Lancer Evolution.

Como foi feito o trabalho com os carros em Goiânia?

Eu cheguei na terça-feira (29/09) à noite, porque uma das funções que eu tenho aqui na Mitsubishi é fazer o shake-down, ou seja, testar todos os carros que competem aqui na Lancer Cup. Então, na quarta-feira eu testei os 28 carros. O procedimento é igual para todos os carros, de sair dos boxes, dar duas voltas, retorno e eu vou avaliando o carro e marcando o tempo. andando no limite o tempo todo, porque é uma referência saber se o carro está bom ou não. Dependendo de ter algum problema eu relato para os mecânicos, eles mexem, acertam e eu vou para a pista novamente para deixar todos os carros 100% equalizados, que é uma grande vantagem da Lancer Cup, que os carros são idênticos e vai depender da performance do piloto dentro do carro.

Que tipo de simulações você fez? Incluiu algum teste visando a próxima temporada da Lancer Cup?

Aproveitamos para fazer alguns testes de componentes para 2016. Na quinta-feira pela manhã eu simulei três corridas, com classificação com pneu zero, dar um tempo para esfriar o pneu, simular uma corrida de 25 voltas e mais duas voltas. É bem cansativo mas é muito prazeroso. Eu andei, nesses dois dias, em torno de 650 quilômetros aqui em Goiânia.

Esta foi a segunda vez que a Mitsubishi Lancer Cup saiu de seu "berço", o Velo Città e competiu aqui em Goiânia. Como você avalia a adaptação dos pilotos?

Normalmente que vai bem lá (Vello Città) também vai aqui, mas é interessante notar que a gente usa como referência para a metria uma volta minha, tanto no R como no RS, então, mesmo comparando o melhor tempo do dia com a volta minha, percebe-se que eles poderiam melhorar bastante. É claro que eles aprendem a andar no Velo Città, por isso é super interessante você partir para outras pistas porque abre novos horizontes para os pilotos. Eles saem da `zona de conforto´ mas os mesmos mais rápidos continuam na frente.

Você esteve na inauguração do Autódromo de Goiânia em 1974, quando competia pela Divisão 3 com sua Brasília. Consegue estabelecer alguma relação entre aquela época e hoje?

Bom, entre os carros a única coisa em comum é que eles tem volante e quatro pneus (risos)... A tecnologia que esses carros tem hoje é fantástica. É um carro de rua mas super bem preparado para pista, com câmbio sequencial, computador de bordo, então não dá para comparar. Quanto a mim eu envelheci, estou com 62 anos, mas continuo me divertindo, isso que é o importante.

O piloto Pedro Costa ouve os conselhos de Ingo Hoffmann, a partir da metria, durante treinos livres da Lancer Cup R em Goiânia. Foto: Marcos Júnior/Portal TT

Ingo Hoffmann levou jornalistas para uma volta rápida no Mitsubishi Lancer Evolution no sábado (3) no Autódromo de Goiânia. Foto: Marcos Júnior/Portal TT

O jornalista Tiago Mendonça, que escreveu a biografia de Ingo Hoffmann, foi um dos convidados do piloto para uma volta rápida no autódromo da capital goiana. Foto: Marcos Júnior/Portal TT

Atual líder da temporada, pela categoria RS, o piloto Bruno Mesquita observa seu desempenho sob orientação de Ingo Hoffmann, pouco antes do treino classificatório do sábado (3), quando obteve a pole para a primeira bateria. Foto: Marcos Júnior/Portal TT

Ingo em 3 de outubro de 2015. Ele participou da inauguração do Autódromo de Goiânia em 1974, época em que competia pela Divisão 3, com uma Brasília. Foto: Marcos Júnior/Portal TT

Em abril de 2014, Ingo Hoffmann esteve na redação do Portal Terceiro Tempo para gravar o Bella Macchina, canal de automobilismo do site de Milton Neves, ocasião em que estava lançando sua biografia, escrita em parceria com o jornalista Tiago Mendonça. CLIQUE AQUI E VEJA A ENTREVISTA COMPLETA, EM VÍDEO, COM EDIÇÃO E PRODUÇÃO DE LUCAS MICHELETTI.

O Portal Terceiro Tempo viajou a Goiânia a convite da organização da Mitsubishi Lancer Cup.

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