Para o maior campeão da Stock, traçado paulistano possibilitou que outros pilotos se destacassem

Para o maior campeão da Stock, traçado paulistano possibilitou que outros pilotos se destacassem

A Mitsubishi Lancer Cup realizou no último domingo (14) a segunda etapa do campeonato de 2016 em rodada dupla, mesmo formato que a categoria utiliza, mas pela primeira vez no Autódromo de Interlagos, um desejo antigo dos pilotos, que habitualmente competem em seu "berço", o Velo Città, pista localizada na cidade de Mogi Guaçu, interior de São Paulo.

Interlagos foi uma novidade para a maioria dos pilotos, que além do Velo Città já haviam guiado os carros da Mitsubishi em duas etapas no circuito de Goiânia na temporada passada, em junho e outubro de 2015.

Aliás, foi um piloto que jamais havia guiado em Interlagos (nem mesmo em escola de pilotagem no autódromo paulistano), o vencedor da primeira bateria: Ricardo Feltre. Clique aqui e veja como foi a rodada dupla e o depoimento exclusivo de Feltre ao Bella Macchina do Portal Terceiro Tempo.

Ingo Hoffmann, coordenador do Mitsubishi Premium Racing School, e que também trabalha na parte técnica dos carros e de auxílio aos pilotos utilizando a telemetria e toda a sua experiência, avaliou de forma bastante positiva a realização da etapa da Lancer Cup em Interlagos.

Ingo Hoffmann

"Acho que foi bem legal por diversos aspectos. Primeiro porque é uma outra pista que os pilotos estão conhecendo, saindo do Velo Città e de Goiânia, e Interlagos é onde corre a Fórmula 1, tem todo aquele carisma, aquele charme, e uma boa parte dos pilotos nunca havia andado aqui e isso é muito legal. E, o mais interessante, como é uma pista nova para a maioria deles, alguns pilotos que não eram tão competitivos ficaram mais competitivos, porque aquele fato de conhecer muito bem deu uma nivelada", ponderou Ingo, maior campeão da Stock Car, com 12 títulos.

Além disso, Ingo ressaltou um aspecto que os pilotos sempre tem que administrar, o desgaste de pneus, bem como a grande quantidade de informações que receberam ao longo do tempo em que treinaram antes das duas baterias no traçado paulistano de 4.309 metros.

"Os pilotos precisam sempre poupar pneus. E aqui é uma pista mais manhosa, se você carregar muita velocidade escorrega de frente e estraga os pneus, então os pilotos precisam aprender isso, e a gente vai tentando passar isso pra eles, mas muitas vezes é tanta informação que a gente passa que eles não conseguem assimilar tudo, mas foi muito legal e eles curtiram bastante", finalizou Ingo Hoffmann.

Guilherme Spinelli, o Guiga, diretor da Ralliart Brasil, divisão da Mitsubishi que é responsável pelo desenvolvimento dos carros, tanto no asfalto (Lancer Cup), como nas competições off road, falou sobre o desejo dos pilotos em disputarem uma prova em Interlagos e descreveu o fim de semana no autódromo

Guilherme Spinelli

"Os pilotos, há muitos anos, desde o início da Lancer Cup, pediam para a gente vir a Interlagos por motivos óbvios, um autódromo que já recebeu grandes categorias do mundo, pilotos, enfim, um traçado fantástico, mais rápido que o Velo Città, então a gente está feliz nesse ano te ter conseguido realizar essa vontade dos pilotos. Eu, particularmente, também estou feliz no meio do Campeonato Paulista, vendo o automobilismo verdadeiro aqui da capital, bombando mesmo com a situação econômica do País, com grande quantidade de categorias e carros por aqui", observou Guiga, que também é piloto de rali e no próximo mês participa de mais uma edição do Rally dos Sertões.

Spinelli ainda detalhou os aspectos técnicos do carro, que segundo ele não sofreram alterações para a disputa na captal paulista.

"Foi um desafio novo, trazer o Lancer para cá, o carro felizmente se mostrou super competitivo, rápido, prazeroso, não precisamos fazer qualquer tipo de modificação técnica, nem para Goiânia e nem para cá, então foi fácil, viemos só testar para ver que tudo funcionaria em ordem aqui. Quando fizemos o carro para o Velo Città nós pensamos em deixar o carro pronto para outros autódromos, então você coloca a sexta marcha no fim da reta do Velo Città e aqui há uma margem para poder usar a sexta e ainda sobrar do carro, então não fizemos o carro ideal para o Velo Città, mas pensando em andar em qualquer autódromo", relatou Guiga, que espera retornar com a Mitsubishi Lancer Cup para Interlagos em 2017.

Fotos: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT

Ingo, à esquerda, analisa dados da telemetria de um dos pilotos da Lancer Cup em Interlagos. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT

 

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