Camisas 10, inteligentes, eventualmente chamados de irregulares e, para suas equipes no Campeonato Brasileiro 2015, absolutamente essenciais.
Felipe Menezes, do Goiás, e Jadson, do Corinthians, se encontram neste domingo no Serra Dourada, às 16h (de Brasília). Entre as coincidências dos dois jogadores está o fato de que produzem, em suas equipes, as maiores dependências entre os 20 concorrentes ao título nacional.
Dos sete gols marcados pelo Goiás, Felipe tem participação direta de 57%, com um gol e três assistências. A participação de Jadson é mais efetiva nas finalizações: ele anotou quatro vezes e ainda deu um passe para outro. A dependência registrada no Corinthians é de 50% até aqui. No confronto de Goiânia, é bem possível que o jogo se decida a partir das ações de um dos meias.
Felipe Menezes, apesar do destaque de seus números, convive com muitas críticas no Serra Dourada. Entre os torcedores, é apontado como um dos vilões pela campanha ruim no Campeonato Brasileiro e chegou a desabafar. Instável, Felipe só se segurou entre os titulares para este domingo porque anotou um golaço contra o Figueirense. A principal vitória do Goiás na competição, que foi contra o Palmeiras, não teve o camisa 10 em campo. A forma como ele oscila gerou um apelido: "Sleep" (dormir, em inglês) Menezes.
Mas, nos melhores momentos do time na temporada, foi o jogador que decidiu. Autor dos três gols marcados pelo Goiás na decisão do Estadual contra o Goianésia, Felipe Menezes é o termômetro no Campeonato Brasileiro. A ponto de o presidente Sérgio Rassi vir a público fazer críticas e dizer que, se ele se assumisse como o camisa 10 da equipe, seria possível crescer na tabela.
A trajetória de Jadson dentro da temporada indica um jogador que tem justamente essa qualidade. No momento mais difícil do Brasileiro, com debandada de cinco jogadores após a eliminação na Libertadores, chamou a responsabilidade com Renato Augusto e conduziu a equipe a uma campanha acima das expectativas para um clube que atravessou e ainda atravessa crise financeira.
Ora mais avançado como meia-atacante no 4-2-3-1, ora como meia aberto à direita e até como meia central no 4-1-4-1, o que gera mais obrigações defensivas, Jadson executou pelo menos três funções diferentes nesse estágio inicial do Brasileiro. Nos momentos de maior crise dentro da competição, Tite chegou a instruir os demais jogadores: se o adversário apertar, procurem Jadson e Renato Augusto para tirar o time do sufoco. Tem dado certo.
Na sequência de quatro vitórias nos últimos cinco jogos, particularmente, o camisa 10 corintiano marcou em todos os jogos. Assim, pouco a pouco, luta contra a irregularidade entre grandes momentos e outros apagados que marca sua volta ao futebol brasileiro, pelo São Paulo e pelo Corinthians. No início de 2015, Tite admitia publicamente que seu meia armador não poderia mais oscilar tanto. Nos momentos positivos, vira Magic Jadson. Quando seu futebol desaparece, o apelido fica pejorativo: "Jadsono".
Há 28 rodadas pela frente para Felipe Menezes e Jadson se confirmarem, ou não, como jogadores essenciais no Brasileiro.
Foto: UOL
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