Inglês fazia por merecer seu segundo título. Outros ganharam um e foi muito

Inglês fazia por merecer seu segundo título. Outros ganharam um e foi muito

Alguns pilotos mereceram ganhar um único título na Fórmula 1: casos de Jochen Rindt, James Hunt, Keke Rosberg, Kimi Raikkonen e Jenson Button.

Em contrapartida, pelo conjunto da obra, um título talvez tenha sido além da conta para Phil Hill, Alan Jones e Damon Hill.

Dentro das chamadas Condições Normais de Temperatura e Pressão, um daqueles "bichos de sete cabeças" que a Flora, minha professora de química tentou enfiar na minha cabeça durante meus três anos de colegial, possivelmente a trinca supracitada não tivesse levantado os canecos em 1961, 1980 e 1996, respectivamente. Ganharam e não encantaram.

Lewis Hamilton, que no último domingo ganhou seu segundo Mundial, já fazia por merecer o segundo título. É bom o suficiente para merecer mais.

Iguala a marca de Jim Clark, campeão em 1964 e 1965, que só não ganhou mais porque fez a besteira de disputar uma corrida de Fórmula 2 e morreu.

Aqui vale uma observação: Clark teve a seu dispor uma Lotus imbatível, aos moldes do que teve Vettel na Red Bull, entre 2010 e 2013.

Seria bom ter visto Clark em outro carro que não tivesse saído da mente brilhante de Colin Chapman, oportunidade que Sebastian, "abençoado" por Adrian Newey, terá agora, na Ferrari. Na confusa Ferrari, que se não se mexer logo vai entrar em uma espiral descendente como aconteceu com a Williams até o ano passado.

Será a prova definitiva para aqueles que colocam em dúvida o talento do alemão, que neste ano foi sufocado por Ricciardo.

Voltando a Hamilton, o inglês superou um piloto bom. Nico Rosberg, a exemplo do pai Keke, pode um dia conquistar um campeonato na F1, embora eu considere que a chance perdida neste ano talvez não se repita mais...

Ao lado de Alonso, Hamilton é hoje o piloto que mais enche os olhos de quem para por quase duas horas para assistir um GP de Fórmula 1, por isso mereceu se igualar em títulos a Clark e ao próprio Alonso, outro que merece, pelo conjunto da obra, muito mais do que os dois títulos que ganhou até agora.

Há vida fora da Ferrari. E sua McLaren-Honda talvez tenha sido a melhor escolha para que ele não estanque suas conquistas com os já distantes títulos pela Renault, em 2005 e 2006.

O espanhol, por exemplo, é muito mais brilhante do que foi Mika Hakkinen, outro bicampeão consecutivo na F1, ao menos dentro das Condições Normais de Temperatura e Pressão.

Sabia que aquelas aulas de química no colegial um dia serviriam para alguma coisa...

Foto: UOL

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