Segundo ele, uma carga de desconhecimento tem contribuído para insuflar percepções sobre a infecção

Segundo ele, uma carga de desconhecimento tem contribuído para insuflar percepções sobre a infecção

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), condenou nesta sexta-feira (12) a repercussão em torno do zika vírus na cidade que vai receber os Jogos Olímpicos deste ano. Segundo ele, uma carga de desconhecimento tem contribuído para insuflar percepções sobre a infecção.

"Existe certo exagero sobre o zika na Rio-2016", ponderou Paes. O prefeito citou o exemplo da goleira norte-americana Hope Solo, que ameaçou não viajar ao Brasil por temer o zika vírus: "É apenas uma atleta, e uma atleta que fala isso por desconhecimento".

Como as autoridades locais têm feito desde que o zika vírus foi alçado à condição de agenda, Paes disse que não existe uma ameaça aos Jogos Olímpicos e que as infecções causadas pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito transmissor da dengue, são assuntos públicos.

Paes também repetiu o discurso contemporizador por causa da época em que a Rio-2016 vai ser disputada. "Os Jogos acontecerão em agosto, que não é tão quente e nem tão úmido. Nós sabemos que a atividade do mosquito é maior agora".

Na última quinta-feira (11), o médico chefe do COI (Comitê Olímpico Internacional), Richard Budgett, já havia dito que não existe qualquer discussão sobre cancelamento dos Jogos Olímpicos por causa do zika vírus.

Ainda assim, contudo, comitês olímpicos nacionais cobraram explicação dos organizadores da Rio-2016. Além disso, autoridades do Quênia admitiram preocupação com seus atletas e britânicos cogitaram aclimatação fora do Brasil.

"É uma questão de desconhecimento, na verdade. Não temos uma epidemia. E o Quênia também não é um exemplo de saneamento", disse o prefeito.

O zika já atingiu pelo menos 25 países e territórios das Américas, além de Ásia e África. O Brasil é a região mais afetada – a estimativa é que o país tenha registrado entre 500 mil e 1,5 milhão de infectados no ano passado.

O principal problema em torno do zika é a associação do vírus a outras doenças. É o caso da microcefalia, que teve 4.783 suspeitas e 404 casos confirmados no Brasil em 2016 (até 30 de janeiro). Desse total, 17 têm vínculo confirmado à infecção.

Foto: UOL

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