O reencontro dos dois times será breve. Na próxima quarta-feira, depois de estrear contra o Cruzeiro em Brasília, pela Série A

O reencontro dos dois times será breve. Na próxima quarta-feira, depois de estrear contra o Cruzeiro em Brasília, pela Série A

Do UOL, em São Paulo

Esqueça o grande time da fase de grupos. Nesta quarta-feira, em Assunção, foi o Guaraní-PAR a equipe a se impor e aplicar 2 a 0 sobre o Corinthians na abertura das oitavas de final da Copa Libertadores. Foi a segunda derrota consecutiva dos corintianos por esse marcador.

Os gols paraguaios no Estádio Defensores Del Chaco foram de Santander, com uma falha clamorosa de Cássio, e Contrera, que bateu o zagueiro Felipe em velocidade. Mas não foi só de erros defensivos que se fez a derrota corintiana. Sem jogar há duas semanas, a equipe dirigida por Tite praticamente não ameaçou e também teve sérias dificuldades defensivas. A derrota foi justa.

O reencontro dos dois times será breve. Na próxima quarta-feira, depois de estrear contra o Cruzeiro em Brasília, pela Série A, o Corinthians recebe os paraguaios em Itaquera. A equipe a avançar desse duelo, vale recordar, enfrenta Montevidéu Wanderers-URU ou Racing-ARG na próxima fase.

Fases do jogo:

Em dois pontos, foi difícil o primeiro tempo em Assunção. Difícil para o Corinthians, que não conseguiu trocar muitos passes, completar jogadas e, principalmente, ameaçar o goleiro Alfredo Aguilar de alguma maneira. Mas foi, acima de tudo, difícil de assistir. Em um confronto típico de mata-mata de Copa Libertadores, prevaleceram os sistemas de marcação.

Tite apostou em Luciano para o Corinthians, mas ele não conseguiu dar nenhuma resposta em 45 minutos. Foi difícil chegar à frente e os cruzamentos pela direita, seja com Jadson, Elias ou Fagner, não chegaram em Guerrero, inofensivo no Paraguai. Só mesmo em finalização de Felipe, depois de bola disputada na área, os corintianos ameaçaram.

O Guaraní-PAR, mesmo com dificuldades de encher o maior estádio paraguaio, atuou de maneira arrojada. Foram poucas as ameaças a Cássio no primeiro tempo, mas uma delas por pouco não custou caro. Às costas de Fábio Santos e Luciano, Benítez apareceu com toda a liberdade e venceu o goleiro corintiano na conclusão - Gil, porém, salvou em cima da linha.

Renato Augusto e Luciano tiveram problemas clínicos no primeiro tempo, mas Tite optou por manter ambos na volta do intervalo. A equipe, porém, continuou desajustada, sobretudo a marcação pelo lado esquerdo. Foi novamente ali que o Guaraní assustou já a 3min em sucessão de erros defensivos. Benítez escapou sem ser atrapalhado, cruzou e, depois de erro de Cássio na saída do gol, o grandalhão Santander subiu sobre Fagner e cabeceou por cima, com o gol aberto.

A pressão que se desenhava desde o fim do primeiro tempo acabou por dar a vantagem ao time da casa. Federico Santander, o mais perigoso do Guaraní, bateu falta aparentemente inofensiva, rasteira, de longe. Cássio, inteiro na jogada, deixou a bola passar por baixo de sua mão e viu ela lentamente ultrapassar a linha fatal. Foi um frango clássico a 16min a ponto de o próprio goleiro se desculpar.

Em desvantagem no placar, o Corinthians foi a equipe da iniciativa no último terço da partida. Tite acionou Bruno Henrique, Danilo e Malcom, mas não funcionou muito. O Corinthians chegou a assustar em cruzamento de Luciano para Guerrero. Fábio Santos, dentro da área, também acertou a trave. Depois foi a vez de Renato Augusto se aproveitar de cruzamento de Malcom, mas o golpe fatal veio do outro lado: Contrera, aos 37min, ganhou de Felipe na velocidade e venceu Cássio com um tapa de pé esquerdo de muita categoria: 2 a 0.

O melhor - Santander. Formou uma dupla afinada com Benítez e esteve em praticamente todos os lances de perigo.

O pior - Cássio. Já havia falhado em cruzamento perigoso, mas o herói de outros momentos entregou um gol ao adversário.

Chave do jogo:

Toque dos técnicos: Sabedor de que precisava abrir vantagem, Fernando Jubero fez o Guaraní se impor, mesmo contra um rival mais poderoso. O time paraguaio explorou bem o setor em que Luciano se mostrou pouco ligado à marcação. Já Tite, por sua vez, demorou a mexer no time que não se comportava bem desde o início. A estratégia de jogo, sem Emerson Sheik, foi ineficaz no Paraguai.

Para lembrar:

Entre os artilheiros. Federico Santander chegou a seis gols marcados na Libertadores. É vice-líder entre goleadores do torneio.

Guerrero voltou. O peruano não jogava havia mais de um mês por conta de dengue. Iniciou mal, mas chamou o jogo após o gol do Guaraní.

Chegadas firmes. Elias e Renato Augusto, que trataram lesões de tornozelo nos últimos dias, receberam pancadas e sentiram muitas dores.

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