Na partida de volta, no dia 30, o Grêmio pode até empatar que vai à decisão

Na partida de volta, no dia 30, o Grêmio pode até empatar que vai à decisão

Jeremias Wernek e Leandro Miranda
Do UOL, em Buenos Aires (Argentina)

O Grêmio quase fez as ausências de Everton e Luan passarem despercebidas diante do River Plate, nesta terça-feira (23), em Buenos Aires. Com um jogo tático e mais físico, a equipe de Renato Gaúcho amarrou o gigante argentino em pleno Monumental de Nuñez e ainda marcou com Michel. Vitória de 1 a 0 com gosto de goleada e que dá boa vantagem ao time gaúcho em busca de vaga na segunda final consecutiva da Libertadores.

Na partida de volta, no dia 30, o Grêmio pode até empatar que vai à decisão. Ao River, resta buscar a vitória em Porto Alegre para levar aos pênaltis ou buscar triunfo com mais gols para seguir direto.

Everton sequer viajou, ainda em recuperação de lesão na coxa, mas Luan pediu e foi à Argentina. Mesmo com grande disposição, o camisa 7 ficou fora do time. E também ficou ausente do banco em virtude de dores no adutor da coxa, segundo apurou o UOL Esporte.

Quem brilhou: Michel

Volante foi a grande surpresa nas escalações e cumpriu a missão. Deu altura à frente da área, força na marcação e ainda apareceu do outro lado do campo para fazer o gol valioso.

Quem foi bem: Kannemann

Zagueiro foi intenso na marcação e liderou, também, a catimba desde o início do jogo. Na etapa final, em uma das disputas com Maidana, recebeu o terceiro cartão amarelo e ficará fora da partida de volta da semifinal.

Quem decepcionou: Scocco

Ex-Inter, o atacante que já marcou cinco gols em uma só partida passou longe de converter. Disperso, foi bem anulado pela dupla Geromel e Kannemann. Marcelo Gallardo sacou o camisa 30 no início do segundo tempo para entrada de Lucas Pratto.

Renato monta Grêmio mais fechado e cascudo

Sem Everton e Luan, o Grêmio jogou mais fechado. A presença de Michel revelou uma estratégia de fechar espaços e tirar o River Plate de sua zona de conforto. A presença do volante também fez com que a formação fosse mais experiente. Com cascudos, o time gaúcho explorou bastante a catimba. Em divididas, bolas paradas e fora do lance também.

O plano de Renato Gaúcho fez o Grêmio controlar o jogo com e sem a bola. Com 39% da posse até o intervalo, a equipe explorou bastante as bolas paradas e também chutes de longe. O passe curto, que gera avanço coletivo, deu lugar a bolas longas para Jael buscar o pivô.

Bola aérea era estratégia

A bola aérea tão pensada para o jogo decidiu. Em escanteio da esquerda, Michel ganhou da marcação e fez de cabeça. Com ele, o Grêmio somou cinco jogadores para atacar neste fundamento de jogo pelo alto. Geromel, Kannemann, Cícero, Michel e Jael.

Ramiro e Alisson se desdobram pelos lados

Para segurar o River, o Grêmio mostrou boa aplicação tática e a atuação de Ramiro e Alisson entram nessa ideia. O camisa 17 ajudou, e muito, Leonardo Gomes no duelo com Pity Martínez e Exequiel Palacios. No outro flanco, Alisson chegou a dar carrinho na linha de fundo da defesa para auxiliar Cortez e proteger Kannemann.

Grohe dá susto, mas depois brilha
Marcelo Grohe fez a torcida do Grêmio ter um frio na espinha em uma das primeiras jogadas. Em cruzamento lento e muito fechado, o goleiro não segurou firme e precisou intervir em dois tempos. O susto foi facilmente esquecido com duas grandes defesas na sequência. Ambas em arremates de fora da área, o que denota a dificuldade do River em entrar na área.

River Plate cria em brilhantismo de Quintero
Dúvida no River até uma hora antes, Juan Fernando Quintero fez a diferença. Nos melhores momentos criativos do time argentino, o camisa 8 esteve presente. Com passes capazes de furar as linhas próximas e fechadas do Grêmio. Mesmo com o brilhantismo do colombiano, faltou contundência aos donos da casa no primeiro tempo.

Foto: JUAN MABROMATA / AFP (via UOL)

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