O título do Gauchão para a dupla Gre-Nal vale tanto quanto um voto na urna em favor de um candidato qualquer, que isoladamente não elege ninguém.
Já para um clube do interior, que luta heroicamente com dificuldade financeira para se manter no cenário esportivo, esse título tem um sabor de Copa do Mundo e contribui de forma efetiva para o engrandecimentos patrimonial da agremiação.
Como isso é bom para o fortalecimento do futebol gaúcho como um todo e o fato de eu ser gremista é uma questão meramente pessoal, prefiro torcer por aquilo que representa o interesse do esporte como um todo, que é a valorização do futebol interiorano, celeiro de craques imortais e protagonista de confrontos inesquecíveis.
Numa demonstração de que sempre estive ligado emocionalmente ao futebol do interior, declino a seguir a escalação do hoje Novo Hamburgo (então denominado Sport Club Floriano) que guardo na memória, tal como a de outros times interioranos, desde os tempos de guri: Storck, Cido e João Carlos; Crespo, Sinval e Hélio; Decarli, Pedro Arão; Geada, Mogica e Raul.
Naquele tempo, pelo menos lá no sul, as posições dos jogadores eram assim definidas: Goleiro ou Golkeeper; Back central e Quarto zagueiro; Half direito, Center half e Half esquerdo; Ponteiro direito, Meia direita, Center forward, Meia esquerda e Ponteiro esquerdo.
Por questão de coerência, nem precisaria dizer que minha torcida pela conquista do campeonato regional em São Paulo vai para a campineira Macaca; em Minas estarei torcendo pela URT (União Recreativa dos Trabalhadores), da aprazível Patos de Minas.
No Rio, não torço por ninguém, pois a decisão do campeonato regional por lá acabará necessariamente numa guerra de peixes graúdos.
Virando a página, vamos falar acerca de um dos principais jogos de clube brasileiro, no meio da semana, pela Copa Libertadores da América.
O Grêmio conseguiu ontem uma façanha, em Assunção, arrancando um importante empate em 1 a 1 diante do bom Guarani, atuando com um time reserva, que passou a contar com com dez homens em campo após a expulsão de Michel.
O tricolor chegou a estar perdendo por 1 a 0 e, mesmo inferiorizado numericamente, continuou atacando até que conseguiu chegar ao empate no belo gol marcado por Pedro Rocha, que lhe garantiu voltar da capital paraguaia na condição de líder da chave, pelo critério do saldo de gols.
O inusitado dessa jornada foi o fato de o tricolor ter poupado seu time principal num jogo do mais importante torneio da América, com vistas à decisão da semifinal do campeonato regional, que - convenhamos - é tão ínfimo diante da Copa Libertadores quanto um grão de areia diante do mar.
Como se costuma dizer por aí, "eu morro e não vejo tudo". Priorizar o Gauchão ? Tenham dó, presidente Romildo Bolzan Júnior e treinador Renato Portaluppi. Foi dose !
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