Tricolor perde nos pênaltis para o Novo Hamburgo. Colorado ganha nos pênaltis e vai à Final

Tricolor perde nos pênaltis para o Novo Hamburgo. Colorado ganha nos pênaltis e vai à Final

Renata Portaluppi já provou que é um bom treinador, que sabe armar bem uma equipe e possui carisma suficiente para mobilizar seus comandados, levando-os a cumprir suas determinações no campo de jogo. 
 
Mas tem contra si a mania de bancar o  "professor pardal", tomando atitudes inusitadas que não coadunam com aquilo que, à vista da maioria, afigura-se como o mais lógico, o mais racional. 
 
Quando levou um time reserva para o jogo diante do Guarani pela Libertadores, quinta-feira em Assunção, poupando os titulares para o confronto deste domingo contra o Novo Hamburgo, pela decisão da semfinal do Gauchão, Renato "dourou a pílula" do rival colorado, que tem nesse título a única conquista de sua história recente.  
 
Por todos os motivos, o correto, o coerente,  o compatível com o momento vivido pelo Grêmio seria ter feito exatamente o contrário, levando o time principal para o jogo da Libertadores e colocando um time reserva ou misto para essa partida da semifinal do gauchão, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. 
 
Para castigo de Renato, por essa priorização às avessas, seu time não conseguiu ir além de uma empate em 1 a 1 contra o esquadrão  hamburguês, no tempo normal de jogo, e acabou perdendo a classificação na decisão por pênaltis, insucesso esse que teria impacto menos negativo para a torcida se o Grêmio tivesse atuado com uma equipe secundária.  
 
O técnico gremista também merece um puxão de orelha por decisões equivocadas no jogo deste domingo, que contribuíram de certa forma para tornar o Grêmio vulnerável no difícil confronto contra o campeão do turno de classificação do campeonato gaúcho deste ano. 
 
Seu primeiro erro foi manter a titularidade absoluta de Pedro Rocha ao longo de toda a partida, mesmo percebendo que esse atacante limitado não estava num de seus dias de exceção, quando consegue jogar mais do que sabe, e por isso vinha se constituindo num peso morto no ataque gremista, errando passes e chutes a gol, como é do seu feitio.    
 
É verdade que foi numa roubada de bola de Pedro Rocha, cruzando para Lucas Barrios, que o Grêmio conseguiu saltar à frente no marcador. 
 
Mas foi só isso que ele fez de produtivo ao longo dos 90 minutos de jogo. Na decisão por pênaltis, também fracassou, errando a cobrança.  
 
Outro pecado de Renato na partida foi ter retirado Bolaños de campo, sem se dar conta de que poderia precisar da experiência e da categoria do equatoriano numa eventual decisão por pênaltis, como realmente veio a acontecer. 
 
O técnico agiu igualmente de forma impensada quando, sem admitir a possibilidade de decisão nos pênaltis, colocou Lincoln no time, que é ainda muito jovem para assumir responsabilidade desse nível, como ficou provado na cobrança que fez, chutando direto pela linha de fundo. 
 
Isso deixa no ar  uma pergunta que não vai calar tão cedo. Será que Bolaños teria errado aqueles pênaltis que o imaturo Linconln e o irregular Pedro Rocha erraram , prejudicando o time na decisão ?
 
Como dizia o saudoso Vicente Marheus, inesquecível cartola corintiano, "têm malas que vêm para o bem".
 
Pensando em termos de Libertadores, essa eliminação do Grêmio no Gauchão fará muito bem à equipe no tocando aos seus planos de fazer uma boa campanha no torneiro continental e, se possível, conquistar o tricampeonato da competição.
 
É possível até que muitos colorados tenham sentido de certa forma a eliminação que poupa o elenco gremista de ter que enfrentar o Inter em dois Gre-Nais, com enorme desgaste físico e possíveis lesões, que poderiam influir negativamente na participação gremista na Copa Libertadores.  
 
É claro que a classificação colorada para a Final do Gauchão, embora desejada, não compensa nem em 1% a tristeza da torcida em ver seu clube de malas prontas para percorrer a "via crucis" representada pelos jogos do campeonato brasileiro da segunda divisão.  
 
Mas,  se existe uma pontinha de alegria nos corações colorados pela iminência de seu clube vir a conquistar o heptacampeonato gaúcho, essa gota de prazer deve-se ao despautério de Renato Portaluppi, que resolveu inverter os valores, dando ao título que o Inter está prestes a conquistar uma importância além daquilo que ele realmente vale para a dupla Gre-Nal. 
 
Ao cabo e ao fim, o Rio Grande do Sul é o único estado dos quatro principais centros futebolísticos do Brasil que não terá clássico na decisão do campeonato regional, embora em São Paulo o título venha a ser decidido entre um grande da capital, o Corinthians, e um clube médio do interior, a Ponte Preta, decisão essa que revive outra de 40 anos atrás, quando os dois alvinegros fizeram a Final do Paulistão, ficando a taça com o então clube do Parque São Jorge.
 
No Rio de Janeiro, Flamengo e Fluminense decidem quem será o campeão carioca de 2017, o que não parece ser um bom negócio para o rubro-negro da Gávea,  que enfrentará  essa parada duríssima, com inevitável desgaste que poderá ter reflexo negativo  nos jogos da Libertadores. 
 
O mesmo pode ser dito em relação ao Atlético Mineiro,  que estando igualmente na disputa da Libertadores vai expor seu time aos riscos decorrentes desse confronto contra o grande rival Cruzeiro, que certamente tudo fará para conquistar o título regional dese ano, iniciando uma nova era vitoriosa sob o comando de Mano Menezes.  
 
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Foto: UOL

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