Renato Gaúcho lidera discurso que mantém apetite do Grêmio por conquistas. Foto: Agustin Marcarian/Reuters - via UOL

Renato Gaúcho lidera discurso que mantém apetite do Grêmio por conquistas. Foto: Agustin Marcarian/Reuters - via UOL

O Grêmio abre o ano com um título em disputa e valoriza isso. Às véspera de jogar a Recopa Sul-Americana contra o Independiente-ARG, nesta quarta-feira, o Tricolor se mobiliza para correr atrás da nova taça. A disputa é tratada como chance única. Como a oportunidade para manter o ciclo vitorioso do clube. A ideia é fazer os jogadores continuarem querendo vencer. Sustentando o apetite com triunfos mesmo após ganharem a maior competição do continente.

A ´fome´ por títulos é um dos pilares do trabalho de Renato Gaúcho. Com ele, o grupo do Grêmio passou a conviver com palavras de ordem que exigem excelência diária. E de olho, sempre, em taças. E com aquilo que elas rendem: reconhecimento.

Na busca por mobilização, o Grêmio fala abertamente dos anos duros. Da seca de títulos expressivos, entre 2001 e 2016 – ano em que o clube ganhou a Copa do Brasil de novo.

"Tive uma conversa muito boa com meu grupo, ninguém conhece meu grupo melhor do que eu, e estão todos ligados. Temos a chance de dar mais uma volta olímpica. Para o nosso torcedor, que ficou 15 anos sem gritar ´é campeão´, em um prazo de 16 meses ganhou dois títulos, jogou o Mundial e tem mais uma chance de dar volta olímpica... Se eu não fosse treinador, só como torcedor, eu seria o torcedor mais feliz do Brasil hoje, tranquilamente", disse Renato Gaúcho.

A conquista da Copa do Brasil, em dezembro de 2016, já é tratada como um marco. Com o título, o Grêmio tirou um fardo enorme das costas. Vários atletas que ajudaram no penta já estavam no clube há anos e sofreram com a pressão popular.

"A partir do momento em que se conquista título, a gente se motiva mais. Por ver como é bom ganhar, como é diferente o momento. A exigência de todos vai ser maior e a nossa também", disse Ramiro, um dos líderes do elenco, mas que está suspenso e não joga a Recopa.

No ano passado, sem a cobrança pesada, o Grêmio conseguiu lidar bem com adversidades ao longo da temporada. Encarou bem o mata-mata e chegou forte até a final da Libertadores. Na decisão, venceu os dois jogos contra o Lanús-ARG e confirmou a tese de que o jejum terminou e foi iniciado um ciclo de vitórias.

"Sabemos que temos um grande jogo na quarta-feira. Se conquistarmos esse título aí, nos dá bastante confiança. São dois jogos. Sabemos da qualidade da equipe adversária", disse Alisson, reforço contratado neste ano e que já entrou em um ambiente menos pressionado.

O Grêmio ainda realiza dois treinos antes de jogar a primeira partida da Recopa. Nesta segunda-feira a atividade é em Porto Alegre e na terça, o treino será em Buenos Aires. Na quarta-feira, às 21h45 (Brasília), o Tricolor entra em campo em Avellaneda. Por outra taça, mas também para manter o ambiente vitorioso. Para continuar gerando ´fome´ ao elenco.

 

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