G-4 e Z-4 chegam à última rodada do Brasileirão sem conhecerem seus donos

G-4 e Z-4 chegam à última rodada do Brasileirão sem conhecerem seus donos

Ao final da penúltima rodada do Brasileirão 2015,  apenas 4 clubes têm a situação definida no que tange a ganhos e perdas.

São eles Corinthians, campeão, Atlético Mineiro e Grêmio, ambos com o passaporte carimbado para a Libertadores, e Joinville, também com o passaporte carimbado, só que para voltar à Segundona.

É verdade que as posições entre o Galo de Minas, na vice-liderança,  e o Tricolor dos Pampas, na terceira colocação,  ainda podem se inverter, já que o Grêmio derrotou o visitante mineiro por 2 a 1, em sua Arena, neste domingo, ficando apenas um ponto atrás do alvinegro de Belo Horizonte.

Mas, se isso acontecer, não altera a participação de ambos no torneio continental, uma vez que com as posições já alcançadas garantiram o direito de começar a competição  na fase de grupos do torneio, diferentemente daquele que ocupar o quarto lugar no final do Brasileirão [São Paulo ou Inter], que terá que disputar uma fase classificatória conhecida como pré-Libertadores.

A briga entre Grêmio e Atlético MG agora é pela diferença de R$ 2 milhões que o segundo colocado no campeonato recebe a mais do que o terceiro, relativamente ao prêmio pago pela CBF aos clubes participantes do certame nacional.

Tudo leva a crer que o Grêmio talvez se disponha a pagar um prêmio extra à Chapecoense para,  pelo menos,  empatar com o Galo, no jogo da última rodada, no estádio Independência, em BH, o que poderá dar o vice-título ao time de Roger Machado, caso vença o Joinville, no seu compromisso de despedida do campeonato, em Santa Catarina.

Se o Grêmio se dispuser a recompensar os jogadores da Chapecoense por essa façanha,  Apodi e seus companheiros vão "morder o garrão em BH", já que esse dinheiro chegaria em boa hora, às vésperas do Natal.

O Atlético Mineiro, por idêntica razão, pode fazer o mesmo, oferecendo uma gratificação para o Joinville empatar com o Grêmio em sua cidade, o que lhe garantiria o vice-campeonato e os R$ 2 milhões a mais da premiação da CBF, que por enquanto estão na sua mão.

Pode até parecer anti ético levantar questão de recompensa financeira paga por terceiros,  para alcançar vantagens na tabela às custas do tropeço do adversário direito.

No caso dessa disputa entre Atlético Mineiro e Grêmio, isso não caracterizaria falta de ética,  haja vista que para os dois clubes a última rodada do Brasileirão representa mais  uma aposta por dinheiro do que uma disputa por colocação na tabela.

Afinal, vice-campeão de futebol é como vice-presidente da República, que ninguém se interessa em saber quem é e, quando fica sabendo, geralmente esquece pouco tempo depois. 

Falando agora de bola rolando, mais especificamente sobre o jogo Grêmio 2, Atlético MG 1, vejo-me forçado a bater na mesma tecla, para repetir aqui que já está passando da hora de o Grêmio mandar Pedro Rocha procurar outro clube.

Não sou de pegar no pé de ninguém, mas também não me entrego à timidez de ficar calado, deixando de dizer verdades que precisam ser ditas, ainda que pareçam cruéis aos interesses de pessoas ou entidades. 

Esse garoto do Grêmio é tão ruim que quando está em campo faz com que seu time jogue com 10 e o adversário sinta-se reforçado por um homem a mais, passando a contar com 12 jogadores em campo.

É simples entender por quê. Acontece que Pedro Rocha,  além que passa a maior parte do tempo ausente do time em campo, quando toca na bola é para entregá-la nos pés dos adversários, como fez hoje naquela entregada que resultou no pênalti que permitiu o empate do Galo ainda no primeiro tempo.

Percebendo, enfim, que o atacante gremista tem-se tornado um peso morto em sua equipe, Roger houve por bem substituí-lo por Bobô, no segundo tempo.

Nada se viu de positivo criado pelo atleta substituto, que esteve apagado na partida. Em compensação, o Grêmio viu-se livre dos passes errados de Pedro Rocha e encontrou condições de chegar à vitória apertada, que poderá lhe render um bom dinheiro a mais no prêmio que lhe couber pela participação no campeonato

Espera-se que o técnico gremista, a partir de agora, tenha o bom senso de não escalar Pedro Rocha no jogo de despedida em Joinville, pois se persistir nesse erro poderá tropeçar em Santa Catarina, deixando escapar um dinheiro a mais que poderá ser útil ao clube para reforçar o time com vistas à disputa da Libertadores. 

Da Arena do Bairro Humaitá, pulo para o Beira-Rio da Av. Padre Cacique, a fim de uma breve projeção sobre a possibilidade de o Inter acabar o certame no G-4, fazendo companhia ao Grêmio na disputa da Copa Libertadores.

A possibilidade é concreta, mas não se pode esquecer que o São Paulo, atual ocupante do G-4, com dois pontos à frente do colorado gaúcho, precisará apenas de um empate, diante do Goiás, para assegurar a vaga.

A menos que o Inter vença o Cruzeiro com uma goleada de 7 a 0, o que é improvável considerando que neste Brasileirão o time do Beira-Rio esteve mais para "bola murcha" do que para "bola cheia".

A vantagem que a equipe de Argel possui nessa briga pelo G-4 é que joga em casa, diante de sua torcida, contra o Cruzeiro de certa forma desmotivado, já que nada tem a ganhar nem a perder neste final de campeonato.

Isso reacende até certo ponto a chama da esperança da torcida colorada, que sabe que o adversário direito nessa disputa pega o Goiás no Serra Dourada, lutando desesperadamente pela sobrevivência, numa disputa que inclui o Vasco,  o Figueirense e o Avaí.

Nessa briga de gatos, o cruzmaltino carioca é o que pega o "osso mais duro de roer", pois vai enfrentar o Coritiba no Couto Pereira, querendo se ver livre do risco, embora remoto, de voltar ao Z-4 para ficar.
 
É claro que o Avaí vai ter pela frente no seu jogo de despedida do Brasileirão nada menos do que o flamante campeão brasileiro de 2015, jogando em sua festiva Arena de Itaquera. 


Mas parece que os comandados de Tite não estão lá muito interessados em alcançar mais do que já conseguiram em 2015.

Pelo menos, foi essa a impressão que passaram na derrota de 2 a 0 diante do Sport, neste domingo, deixando transparecer nas entrelinhas do confronto a impressão de estarem disputando um jogo amistoso.

 
Entre os candidatos à "degola", o Figueirense é o que tem pela frente o jogo teoricamente menos difícil, pois pega o Fluminense em casa, um clube que nada mais aspira neste Brasileirão, no qual acabou fazendo companhia ao rival Flamengo nessa zona intermediária da tabela,  que "não fede, nem cheira".

 
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Foto: UOL

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