Luan, que fez dois na semifinal, é uma das maiores armas do Grêmio na busca do tri

Luan, que fez dois na semifinal, é uma das maiores armas do Grêmio na busca do tri

Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre

O Grêmio começa, nesta quarta-feira (22), a jogar a final que pode transformá-lo no brasileiro com mais título de Libertadores na história, ao lado de Santos e São Paulo. Campeão em 1983 e 1995, o time de Renato Gaúcho entra em campo contra o Lanús-ARG, em Porto Alegre, às 21h45, tentando abrir vantagem na disputa pelo sonhado tri da América.

É a primeira final do Grêmio em dez anos. A última aparição do clube na decisão do torneio continental foi em 2007, contra o Boca, quando a chance do tri escapou nos pés de um inspirado Riquelme. Uma década depois, a expectativa tricolor é que Luan e companhia vinguem os gremistas em um novo duelo Brasil e Argentina, que não ocorre na decisão da Libertadores desde 2012, quando o Corinthians bateu o Boca.

Se cumprir sua missão, o Tricolor reforçará seu status de "copeiro". Hoje, entre os brasileiros, somente Santos (1962, 1963 e 2011) e São Paulo (1992, 1993 e 2005) podem se gabar de terem vencido o torneio mais importante da América em três oportunidades. Além do Grêmio, Cruzeiro e (1976 e 1997) e Internacional (2006 2010) também se orgulham do bi.

A relação com os maiores rivais, é claro, pesa. Um ano depois de sair da fila de 15 anos com a Copa do Brasil, o Grêmio chega à sonhada final da Libertadores justamente com o Colorado em seu pior ano, na disputa da Série B. Para concretizar a temporada dourada, porém, o time tricolor não pode esquecer do rival que tem pela frente.

Embora não esteja no rol dos gigantes argentinos, o Lanús vive dias inéditos. Fundado em 1915, o clube da cidade homônima, ao sul de Buenos Aires, jamais havia chegado perto de uma decisão de Libertadores. Na galeria do estádio La Fortaleza repousam somente dois títulos nacionais, conquistados recentemente, e duas taças continentais: Copa Conmebol 1996 e Sul-Americana 2013.

No duelo entre os dois times, ao que parece, não vai faltar conhecimento do adversário. Uma matéria da ESPN, na segunda-feira, revelou que o Grêmio contratou um espião nos últimos meses para observar treinos fechados dos rivais diretos, inclusive o Lanús. O assunto ganhou enorme proporção às vésperas da primeira decisão até que Renato Gaúcho, técnico tricolor, admitiu o expediente.

"O drone eu não sei se foi usado, mas ele foi pago para trazer informações ao Grêmio. Acho engraçado fazerem tempestade em copo d´água na véspera da final. Acho engraçado. Até parece que o drone foi inventado agora, que nunca foi feito", disse o treinador. do outro lado, o Lanús fex pouco caso da artimanha e até deixou no ar que também teria suas armas. ""Eu tenho meus espiões também, não vou falar, mas também tenho (risos). Isso dá informação extra, mas não é decide o jogo", sentenciou Jorge Almirón.

Drones à parte, nenhum dos dois times tem dúvida na escalação. Ambos chegam com força máxima, inclusive preservando peças importantes nos campeonatos locais. O Grêmio jogou com reservas e jovens diante do Santos, no último domingo, e mandou até o treinador do time sub-20 à Vila Belmiro. Já o Lanús visitou o Defensa y Justicia também com formação toda suplente.

As derrotas no Brasileirão e na Superliga foram quase insignificantes. Tanto Grêmio quanto Lanús não esconderam que a final se tornaria prioridade absoluta.

Foto: Dolores Ochoa/AP (Retirada do Portal UOL)

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