Confira a semana por Milton Neves

Confira a semana por Milton Neves

É só dar Cruzeiro contra o fraco Botafogo neste final de semana e acabou o Brasileirinho dos horríveis pontos corridos.

E a vitória do campeão Cruzeiro é certeza absoluta.

Como a derrota do Criciúma na próxima rodada diante do time azul no Mineirão na extrema-unção de um campeonato de fórmula arcaica e superada.

Aí entra em campo o sem graça do Papai Noel literalmente de saco cheio às portas do Natal.

E trazendo de presente de grego para o mundo esportivo em geral mais um Campeonato Brasileiro tão emocionante e excitante quanto dançar com a mãe de rosto colado e ouvindo "O Ébrio", com Vicente Celestino, rodando na vitrola.

A não ser que a Estrela Solitária brilhe como nunca na vida e o timeco do Botafogo consiga bater a seleção cruzeirense.

Algo impossível.

Mas, e o rádio, hein?

Ele foi "morto" por incautos quando Assis Chateaubriand implantou a TV no Brasil em 1951.

Nada de ruim aconteceu para o rádio AM.

Pelo contrário, cresceu ainda mais.

Com a chegada do FM o rádio ficou duplamente forte.

E não é que também disseram que a internet ia transformar o rádio em Teletrim, Atari, orelhão da Telesp, Mappin Movietone, alto-falante, Caderneta de Poupança Haspa e Papa-Tudo?

Nada disso e ao contrário, os aplicativos da internet multiplicaram por bilhões o alcance do rádio em todo o planeta tanto de grandes, médias e pequenas "estações", como era dito na época do toca-fitas, videocassete, Vitrolinha Sonata à pilha e do telefone de manivela.

E os infernais congestionamentos das regiões metropolitanas de todas as capitais do Brasil também deram outro monumental impulso à audiência do rádio brasileiro.

Nunca, desde Pedro Álvares Cabral, ouviu-se tanto rádio no Brasil, ao volante e no celular.

Louros para quem não se acomodou e investiu no rádio, como o Grupo Bandeirantes, by executivo Mário Baccei.

Nativa FM e Band FM se alternam no primeiro lugar do ibope.

A nobre Band News é a principal emissora jornalística em toda a história do FM no Brasil.

A recente Sulamérica Trânsito é sacada genial na prestação de serviço profissional "combatendo" os engarrafamentos e a Bradesco Esportes FM vai crescendo em novo inédito casamento de um banco fortíssimo com um igualmente fortíssimo grupo de comunicação.

E tem também a Bandeirantes AM e FM.

Bem, mas essa deixa para lá, dispensa apresentações, conceitos e opiniões.

Diferentemente da então pequena, mas valente TV Esporte Interativo.

Quem diria que ela golearia as gigantes SporTV, Fox e ESPN na briga pelos direitos da Liga dos Campeões da Europa?

Ah, mas é dinheiro da Turner, desdenham os derrotados.

Ora, a Globo não teve também apoio inicial fundamental da Time-Life?

E a grande marca ESPN vive em 100% só da publicidade e de assinantes brasileiros ou teve e tem seu sustentáculo na fantástica Disney?

Justo a ESPN Brasil que perdeu seu grande e talvez único carro-chefe, a não ser que se componha com a outrora pequena Esporte Interativo.

Duvidoso ou difícil, mas por enquanto é bom diminuir bem mais seu azedume crônico na base do "tudo é ruim e nada está certo" moldando-se de vez ao esporte-alegria de sua matriz americana, uma lenda no país mais esportivo do mundo.

E entendendo que "se o jornalismo tem vergonha da publicidade, que viva sem ela" (Joelmir Beting).

Mas se o "Botafogo Esporte Interativo" goleou os "Cruzeiros SporTV, ESPN e Fox", por que não pode dar zebra também no Mineirão?

Assim, Garrincha amado, jogai por nós, drible por nós, avance por nós para salvar o Brasileirinho e rogai por nós pela volta do mata-mata!

Ave, Mané!

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