Luiz Felipe Scolari, o Felipão, observa o time do Palmeiras durante jogo contra o Grêmio. Foto: Daniel Vorley/AGIF

Luiz Felipe Scolari, o Felipão, observa o time do Palmeiras durante jogo contra o Grêmio. Foto: Daniel Vorley/AGIF

"Vocês da imprensa não percebem algumas coisas que a gente faz. Se eu escalo um no meio da semana, pode ser que ele não jogue depois. Já fiz isso várias vezes". A frase é de Felipão, quando questionado em coletiva sobre a opção dele por Mayke e não Marcos Rocha em jogos do Campeonato Brasileiro.

Ela tem sido o guia do técnico no tão falado rodízio do Palmeiras. É por isso que a escalação do time contra o Ceará, neste domingo (21), dará bons indícios de como o treinador imagina montar a sua equipe contra o Boca Juniors, na próxima quarta-feira (24).

Há algumas dúvidas criadas por lesão, outras por suspensões e, claro, também pelo bom desempenho de jogadores que são, em teoria, reservas. É o caso de Gustavo Gómez, por exemplo.

O zagueiro paraguaio está indo bem, encantou o Palmeiras e tem chances de enfrentar o Boca Juniors. No caso dele, há o agravante de não poder enfrentar o Ceará. Como está suspenso, ele ficará descansando para o jogo de quarta-feira.

Felipão tem por praxe escalar sempre a mesma dupla de defesa. Apenas uma vez ele mudou desde o seu retorno ao Alviverde. Há duas opções, mas pouco prováveis: que ele promova as entradas de Nico Freire ou Pedrão, jovens que ainda têm poucas chances.

Se não quiser correr riscos e seguir sua lógica de sempre, Felipão, então, escalaria Antônio Carlos e Edu Dracena. Também pelo mesmo pensamento, é improvável que o veterano zagueiro seja escalado por duas vezes seguidas, o que inviabilizaria sua titularidade na Argentina.

Também é importante que Edu Dracena mantenha o ritmo de jogo. Ele está fora dos campos desde o dia 3 de outubro e, se não jogar no domingo, chegaria à Bombonera com 20 dias sem atuar.

Outro setor que deixa dúvidas na cabeça dos torcedores e dos rivais é o meio-campo. Thiago Santos, normalmente titular no Brasileirão, está suspenso para o jogo contra o Ceará. Seu substituto natural seria Felipe Melo, que esteve suspenso na última rodada. Ele também dificilmente atuaria por duas partidas consecutivas. Por isso, se entrar contra o Ceará, pode experimentar o banco de reservas contra o Boca.

Há quem defenda, inclusive, que o meio-campista fique de fora da partida por não ter equilíbrio emocional para enfrentar a catimba dos argentinos na Libertadores e por ser marcado por juízes e pela Conmebol como atleta violento.

Pela esquerda, a dúvida se repete com Diogo Barbosa e Victor Luís. O primeiro retornou de lesão recentemente e atuou contra o Grêmio, enquanto o segundo cumpriu suspensão. Quem enfrentar o time do Nordeste deve ficar no banco em Buenos Aires.

Por fim, à frente, Deyverson vive grande momento no Palmeiras e deve ser titular novamente contra o Ceará. A tendência é que ele deixe Borja atuando contra o Boca Juniors para manter o cargo de artilheiro da competição.

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