Do UOL, no Rio de Janeiro
O Fluminense não precisou de muito esforço para bater a Universidad de Quito por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Estádio Atahualpa. Ainda que Cifuente tenha inaugurado o placar, o Flu teve pela frente um adversário de poucos recursos, mas que levou algum perigo na etapa inicial.
Com Henrique Dourado e Marlon Freitas, o Tricolor conseguiu a virada e cumpriu o seu papel no confronto de volta no Equador. O adversário do Flu nas oitavas de final sairá do confronto entre LDU e Bolívar.
Com a vaga da competição continental em mãos, o Fluminense volta suas baterias para o Campeonato Brasileiro. No domingo, o Flu encara a Ponte Preta, às 16h, no Moisés Lucarelli.
Marcha lenta
Com a vaga praticamente assegurada [4 a 0 na ida], o Fluminense entrou em campo disposto a desacelerar o jogo e fazer o tempo correr. Sem muito a perder, o Universidad tomou a iniciativa e se lançou ao ataque.
Mesmo com as propostas diferentes, o Flu pouco foi ameaçado por um rival que é o lanterna do Campeonato Equatoriano. Até os primeiros 15 minutos, o goleiro Júlio César tinha feito apenas uma boa defesa.
Aos 17, no entanto, toda a defesa ficou apenas olhando Cifuente escorar escanteio batido por Godoy. Preso em campo, o Tricolor foi uma equipe totalmente sem objetividade e imaginação na etapa inicial. Por sorte o rival do outro lado esbarrava em suas próprias limitações técnicas. Quando era inferior, o Flu chegou ao empate. Aos 38, Henrique Dourado aproveitou rebote de Galíndez e deixou tudo igual.
Protocolo
Se já não estava com muita "vontade" de jogo nos primeiros 45 minutos, o Flu voltou a campo com o regulamento ainda mais debaixo do braço. Com um empate para lá de favorável, o Flu tratou de bloquear as ações do frágil rival e fez o tempo correr.
Mesmo em ritmo lento, prevaleceu a qualidade técnica dos cariocas. Aos 15, Richarlison encontrou Marlon Freitas, que bateu fraquinho mas venceu Galíndez.
Estreante da noite, o técnico uruguaio Gustavo Díaz optou por conhecer o seu elenco. Dada a desvantagem irreversível, o comandante fez suas três mexidas e a facilidade aumentou ainda mais. Com muito espaço, o Flu poderia ter ampliado com Renato Chaves e Calazans, que tiveram boas chances de marcar.
Mesmo sem ampliar o marcador, o Fluminense jogou com inteligência e poupou esforços desnecessários nos 2.800 metros de altitude da capital equatoriana.
Destaque
Atrapalhado pelo sol no lance do gol de Cifuente, Júlio César teve atuação importante no jogo de Quito. Quando o rival era melhor em campo, coube ao goleiro fazer três defesas difíceis na partida. Não fossem suas intervenções, o Flu poderia ter ido para o intervalo em situação desconfortável.
Retorno
Recuperado de uma cirurgia no tornozelo, o zagueiro Renato Chaves voltou a atuar pelo Fluminense. O jogador entrou na vaga de Marcos Junior e jogou toda a etapa final. Titular de Abel, ele formou uma linha de três zagueiros com Henrique e Frazan. O defensor não entrava em campo desde maio.
Poupança rentável
Dada a vantagem, a fragilidade do rival e a larga vantagem construída, o técnico Abel Braga deixou Gustavo Scarpa, Renato e Lucas no Rio de Janeiro. Com a vaga assegurada, a decisão do treinador demonstrou-se acertada e o trio ganhou um pouco mais de descanso.
Às moscas
Se o elenco do Fluminense temia um ambiente hostil no Atahualpa, o temor foi logo desfeito na chegada do grupo tricolor ao estádio. Time não muito popular, o Universidad não levou quase ninguém ao local, que ficou praticamente deserto.
História
Esta foi a segunda vez que o Fluminense disputou uma partida no Estádio Atahualpa. Em 1957, o Flu bateu a Seleção Pichincha por 2 a 1. O Twitter do Tricolor recordou o fato histórico.
Foto: Dolores Ochoa/AFP (Retirada do Portal UOL)
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