O Flamengo voltou a reforçar que a política de promoção de ingressos para o Campeonato Carioca não o agrada. Em desembarque após a conquista do título do torneio Super Series, em Manaus, o presidente Eduardo Bandeira de Mello assegurou que o clube vai manter briga para evitar ficar no prejuízo durante o Estadual. O cartola, no entanto, descartou a possibilidade de responder em campo através de boicote, com a escalação de reservas na competição.

"Nunca falamos disso (boicote). Não pretendemos jogar com prejuízo. Estamos em uma situação difícil e nossa gestão tem que ser marcada pela responsabilidade e não pela irresponsabilidade", ressaltou o dirigente rubro-negro.

A insatisfação do Flamengo – que está unido ao Fluminense na polêmica – está na possibilidade de ter prejuízos diretos de bilheteria e na possível interferência na arrecadação nos programas de sócios-torcedores.

O conselho arbitral da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) estipulou valores menores e meia entrada universal durante o Campeonato Carioca deste ano. A reunião entre dirigentes decidiu que o torneio terá ingressos entre R$ 5 e R$ 50, variando de acordo com a importância de cada partida. O autor da ideia foi o presidente vascaíno Eurico Miranda, que teve apoio do Botafogo e dos clubes pequenos da primeira divisão estadual.

"Nos preparamos para disputar o Campeonato Carioca tentando montar um time de primeira, prestigiando o campeonato. Diante de toda a situação que foi armada, vamos esperar para ver como fica", avaliou Bandeira de Mello.

Na última semana, Flamengo, Fluminense e Consórcio Maracanã se uniram para criticar decisões da Ferj que impedem "o compromisso com a transformação do futebol brasileiro". O Rubro-Negro já havia entrado com um recurso na entidade para protestar contra os preços tabelados dos ingressos.

Foto: UOL