Não existe certo ou errado. E até o conceito de bonito é relativo

Não existe certo ou errado. E até o conceito de bonito é relativo

Qual estilo de jogo você gostaria de ver seu time desempenhar daqui dois anos? Ofensivo com muita posse de bola? Ou um futebol com forte marcação saindo em fulminantes contra-ataques?

Não existe certo ou errado. E até o conceito de bonito é relativo. Não há beleza em uma marcação bem executada, por exemplo?

Fato é que o torcedor pode brincar de desejar um jeito de jogar. Mas dirigente de futebol que se preze não brinca em serviço. Ele decide uma filosofia de jogo, baseada na história e cultura do clube, conquistas passadas e projeção ideal do futuro e a partir de uma convicção concreta traça todo um planejamento, que passa pela contratação de técnico e jogadores que atendam o perfil desejado.

Entenda aqui, amigo, que não há relação direta com dinheiro. Porque o técnico argentino Tata Martino não se identificou com o Barcelona? Ou o italiano Fábio Capello no Real Madri? Faltava em ambos os casos verba para buscar os melhores jogadores? Não. Faltava um alinhamento entre o futebol praticado e o futebol desejado.

Aqui no Brasil são poucos os cases de sucesso e poucos os dirigentes que tem a capacidade de entender um trabalho a médio prazo. Se troca de filosofia de jogo como se troca de roupa. Nas primeiras turbulências, as convicções caem por terra e a direção do barco é alterada abruptamente.

Se o treinador que atua ofensivamente, valorizando a posse de bola e o jogo posicional não deu resultado rápido, troca-se por um que arma linhas defensivas compactas e aposta o ataque em passes longos e diretos. Oposto por oposto.

Sonho com dirigentes qualificados. Que desenhem um planejamento para dois, três anos, incluindo missão, valores e propósitos futebolísticos. Para que a partir disso, com uma convicção embasada por estudo e conhecimento, se contrate jogadores e o treinador. E que a direção permaneça a mesma. Independentemente de percalços iniciais.

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