O homem que serviu a Marin e Del Nero com tamanho esmero não pode cuspir descaradamente no prato em que comeu

O homem que serviu a Marin e Del Nero com tamanho esmero não pode cuspir descaradamente no prato em que comeu

Os trejeitos de sempre dão azo às caricaturas. Diante dos repórteres, e de uma claque bairrista que só tem vez na crônica esportiva, Felipão, o bufão, se esforçava para justificar a última derrota do Grêmio pela surrada retórica da teoria da conspiração.

Durante a arenga coletiva, esquivou-se de explicar por que saiu jogando com quatro volantes e deixou Giuliano escondido no banco. Em vez disso, preferiu ruminar, por meio de não-ditos e insinuações, que as vagas na Copa Libertadores já estão decididas de antemão, pela trama diabólica de forças ocultas.

É babaquice de mau perdedor. O homem que serviu a Marin e Del Nero com tamanho esmero não pode cuspir descaradamente no prato em que comeu. E pior: a despeito da birra de menino mimado, Felipão presta um desserviço ao nosso futebolzinho doméstico.

Enquanto desfrutava das benesses dos nababos, vivia de salamaleques com os doutores. Se tudo está uma merda, podia ter aproveitado seu bigode de campeão do mundo para colocar banca e alguns pingos nos is.

De cima da polpuda cocada preta, continuou a ladainha dos "sim, senhores" que caracteriza o séquito dos apaniguados da CBF. Ou a famigerada "estrutura do futebol brasileiro" mudou de três meses para cá? Então, a pergunta de um milhão de doletas: por que ele manteve a matraca fechada se chafurdava em tanto descalabro? Será que teremos que perguntar para a pobre dona Lucia?

Enquanto esperamos sentados, mais um gol da Alemanha!

 

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 foto: UOL

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