Nesta terça se iniciará mais uma era Dunga na seleção brasileira, com a convocação para os amistosos contra Colômbia (5 de setembro, em Miami) e Equador (9 de setembro, em Nova Jersey). O treinador, inacreditavelmente recolocado no cargo pela incompetente CBF, enfrentará o mesmo problema que deixou para Mano Menezes, há quatro anos, no pós-África: não há uma base para início de trabalho!

Assim como o atual técnico corinthiano precisou fazer à época, Dunga será obrigado fazer uma grande reformulação. E a geração não é das melhores...

Analisemos os 23 jogadores que participaram do vexame sob o comando do Felipão

Goleiros (Júlio César, Jefferson e Victor): Júlio César já fez hora extra. Tanto para Jefferson quanto para Victor, a Copa para ser titular era a do Brasil. Pela idade, ambos não devem chegar a 2018. Rafael e Cássio poderiam ser testados.

Laterais (Daniel Alves, Maicon, Marcelo e Mawell): O supervalorizado Marcelo, que tem lampejos de Felipe Melo, é o único que tem condição técnica e física para continuar servindo à seleção. Urge uma sombra para ele na esquerda. Na lateral direita, é preciso renovar a posição de titular e reserva: Danilo, do Porto, pode ser uma aposta.

Zagueiros (Thiago Silva, David Luiz, Dante e Henrique): Henrique foi uma piada felipônica, Dante é questionável e David Luiz, que é bastante carismático, conseguiu se destacar negativamente nos shows de horrores que foram as goleadas de Alemanha e Holanda. O chorão Thiago Silva é um grande zagueiro, mas tem medo de bater pênalti e não tem perfil de capitão. Não será lembrado terça porque está lesionado, mas deve continuar, sem faixa no grupo verde-amrelo. Gil, do Corinthians, que poderia estar na lista já para a Copa, é o melhor zagueiro em atividade no país e merece uma chance. Dedé, que caiu bastante ao trocar o Vasco pelo Cruzeiro, voltou a atuar bem e pode fazer parte do grupo também.

Volantes (Luiz Gustavo, Ramires, Paulinho, Fernandinho e Hernanes): Nenhuma seleção importante (voltaremos a ser uma delas?) atua com um cão de guarda à frente da zaga do naipe de Luiz Gustavo. Ramires já disputou duas Copas e deu o que tinha que dar. Fernandinho, que foi ridículo contra a Alemanha, e Paulinho, que fez uma Copa ruim como sua última temporada inglesa, têm idade para estarem na Rússia em 2018. Desde que retomem a bola que jogaram um dia. Hernanes pode até estar no início do trabalho, mas não deve chegar ao Mundial, que é o que realmente interessa.

Meias e Atacantes (Neymar, Bernard, Willian, Oscar e Hulk): Neymar não é Messi, não é Cristiano Ronaldo e fez uma Copa inferior a James Rodríguez, Robben e que 90% do time alemão, mas, ainda assim, é titular indiscutível do Brasil. Oscar, que só jogou bem na estreia do Mundial, e Willian, que também foi mal quando entrou, têm idade e bola para continuarem no grupo da seleção até por falta de concorrência qualificada. Bernard não joga nada desde que o Galo ganhou a Libertadores, há mais de um ano, e Hulk é jogador para o Zenit, não para o Brasil. Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro, do atual campeão brasileiro, Philippe Coutinho, do Liverpool, e Lucas, do PSG, devem ser testados.

Centroavantes (Fred e Jô): Fred tinha potencial. Para ser um bom reserva. Em 2006. Jô foi uma invenção de Felipão. A saída pode ser jogar sem um poste enfiado na área

Em sua última passagem pela seleção, Dunga, entre outras coisas, chamou Doni, Afonso Alves, Bobô... E deu a camisa de titular a Michel Bastos! Esperemos pelo que virá nesta terça..

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