O técnico do Grêmio Luiz Felipe Scolari e o auxiliar Flavio Murtosa foram denunciados no STJD e podem pegar penas altas devido a situações ocorridas no jogo contra o Cruzeiro, pela 35ª rodada do Brasileiro. A pena do treinador pode chegar a 180 dias ou até 3 jogos. Já o auxiliar pode pegar seis partidas ou até 90 dias.

A denúncia, publicada no site oficial da CBF, aponta Murtosa citado no artigo 243-F, "ofender alguém em sua honra por fato ligado ao desporto". A pena pode ser multa de R$ 100 a R$ 100 mil reais, suspensão de uma a seis partidas ou de 15 a 90 dias.

Já Felipão está incluso no artigo 258-B, "invadir local destinado a equipe de arbitragem". A punição pode ir de um a três jogos de suspensão ou ainda de 15 a 180 dias.

Na súmula, o árbitro Vinícius Furlam citou os fatos. "Aos 43 minutos do segundo tempo expulsei o auxiliar técnico do Grêmio por reclamar com gestos contra a arbitragem. O quarto árbitro, senhor Márcio C. Brum Coruja, informou que o citado proferiu as seguintes palavras: esse filho da p... não dá cartão", diz o documento.

"Ao término da partida, o técnico do Grêmio, sr. Luiz Felipe Scolari, dirigiu-se até a mesa do delegado da partida batendo com a mão na mesa. Disse: esse quarto árbitro não entra nunca mais aqui. Repetiu a mesma frase na entrada do vestiário, dirigindo-se ao quarto árbitro. Ao término da partida, o sr. Ivo Ardais Wortomann, preparador físico do Grêmio, dirigiu-se ao delegado da partida, Luiz Cunha Martins, e disse: a arbitragem do Brasil é a pior do mundo", completa a súmula.

O julgamento ainda não está marcado pelo STJD. E não será a única vez de Felipão nos tribunais. Na quinta-feira, ele foi intimado a prestar esclarecimentos sobre as insinuações feitas após a partida contra o Corinthians. Na ocasião, disse que 'os times da Libertadores estavam escolhidos' e levantou suspeitas sobre os julgamentos do tribunal. Nas duas ocasiões, contra Cruzeiro e Corinthians, o Grêmio saiu de campo derrotado.

Foto: UOL