O uruguaio Diego Aguirre foi campeão gaúcho e semifinalista da Libertadores com o Inter e mesmo assim foi demitido

O uruguaio Diego Aguirre foi campeão gaúcho e semifinalista da Libertadores com o Inter e mesmo assim foi demitido

Infelizmente no futebol brasileiro de hoje não se avalia a fundo o trabalho de um treinador. Espera-se o resultado final de imediato, mas os dirigentes não analisam método de trabalho, proposta de jogo, circunstâncias e adversidades enfrentadas pelo treinador.

O uruguaio Diego Aguirre foi campeão gaúcho e semifinalista da Libertadores com o Inter e mesmo assim foi demitido. Em nenhum momento pesou o fato de o caro elenco do Inter ser mimado, cheio de jogadores que não aparecem em decisão e muito menos se levou em conta as promessas da base que Aguirre soube alçar ao time profissional. É mais fácil trocar o treinador e se livrar da responsabilidade, pensam os arcaicos dirigentes.

Guto Ferreira na Ponte Preta é outro exemplo claro da falta de conhecimento de quem comanda os clubes no Brasil. Guto foi vítima do próprio sucesso. O ótimo início da Ponte no Brasileirão criou a falsa impressão de que o time campineiro brigaria pelo título brasileiro. Como já era esperado, veio uma sequência negativa e estourou no comandante. Não se pesou que pelo orçamento, elenco e condições de trabalho oferecidas o campeonato da Macaca é justamente o que se apresenta agora: lutar contra o rebaixamento.

O futebol brasileiro precisa evoluir na formação de atletas, no calendário, nos treinamentos e em outras inúmeras situações. Mas se a mentalidade dos dirigentes continuar atrasada, nada surtirá efeito.

*

A lei não é cumprida no futebol brasileiro. Ou melhor, em quase nenhuma esfera da nossa sociedade. Mas o que acontece em nossos tribunais desportivos é lamentável. Efeitos suspensivos, recursos e revisão de penas são uma praxe. O jogador nunca é punido de acordo com o que reza a lei.

O meia Petros quando estava no Corinthians agrediu o árbitro Raphael Claus. Inicialmente, pegou seis meses de punição, como manda a lei. Só que ambos idas e vindas no tribunal a pena caiu para irrelevantes três jogos.

Com Dudu do Palmeiras vai acontecer a mesma coisa e ele jamais ficará seis meses sem jogar.

Enquanto o sentimento de impunidade imperar, a qualidade do jogo no Brasil continuará para trás.

Últimas do seu time