No entendimento da diretoria alvinegra, o jogador estava mal orientado

No entendimento da diretoria alvinegra, o jogador estava mal orientado

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

Revelado pelo Atlético-MG há cinco anos, finalmente o meia Giovanni Augusto pode corresponder a toda expectativa criada sobre ele quando lançado na equipe profissional, por Vanderlei Luxemburgo, em 2010. Tudo graça ao nascimento do filho, em setembro de 2013. A carreira que esteve perto de não ter uma boa sequência foi salva com o nascimento de Vittório.

O próprio Giovanni Augusto reconhece que o casamento com a catarinense Izabel, que conheceu em 2012, quando atuava pelo Criciúma, mudou o rumo de sua vida. Com a união veio o filho e uma guinada na carreira. O bom Brasileirão que fez com o Figueirense, no ano passado, despertou o interesse de grandes equipes, inclusive do Atlético, que reintegrou o atleta.

O clube mineiro não deixou por menos as investidas de outras equipes e segurou o meia. Giovanni Augusto até tentou sair via justiça, mas não conseguiu. No entendimento da diretoria alvinegra, o jogador estava mal orientado. Com a questão judicial resolvida, o passo seguinte foi renovar o contrato até dezembro de 2018.

Embora o Atlético ainda não confirme o acerto, o próprio atleta informou ao UOL Esporte que já assinou o novo vínculo. Giovanni Augusto ganhou um reajuste salarial de 400% e está inscrito para disputar as oitavas de final da Copa Libertadores. Em paz e satisfeito com o novo momento no Atlético, o jogador já sonha como uma oportunidade de enfrentar o Internacional, nesta quarta-feira, às 22h, no Estádio Independência.

"Renovamos até 2018. Agora só depende do professor Levir, vou deixar isso com ele. Mas com certeza a nossa equipe está preparada para fazer mais um grande jogo na quarta", confirmou ao UOL Esporte, depois do título mineiro, na primeira partida que ele disputou na temporada 2015.

Giovanni só conseguiu fazer o salário subir para o mesmo nível dos titulares do Atlético por causa do filho Vittório. Depois de rodar pelo Brasil, atuando por Grêmio Prudente, Náutico, ABC, Criciúma e Figueirense, a nova chance no Atlético só aconteceu por causa da mudança de postura fora de campo.

Mais família e menos festa. Com 25 anos, o jogador não esconde de ninguém que o começo de carreira foi comprometido por causa das baladas. Giovanni Augusto chegou a ser titular do Atlético nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro de 2011 e com bons números. Mas o rendimento foi caindo a cada rodada. O motivo? A falta de comprometimento.

"Nunca escondi nada, sou daqueles que só gostam de dizer a verdade, eu aprendi assim. Em 2011 acabei me perdendo na noite, essa é a verdade. Acabei influenciado por pessoas que eu achava que eram amigas, mas não queriam o meu bem. Mas Deus colocou uma esposa maravilhosa na minha vida e depois colocou o Vittório. É uma criança que trouxe a paz e a alegria que todas as famílias devem ter. Então, a partir de agora, me sinto um novo Giovanni, que é 100% dedicado no futebol e na família. Estou começando a colher os frutos agora".

Além do bom desempenho no Figueirense, o retorno de Giovanni Augusto à Cidade do Galo só aconteceu depois de a diretoria confirmar a mudança de comportamento. O clube procurou saber como foi o período em que o atleta morou em Florianópolis. Em conversa com membros da diretoria alvinegra, Giovanni chegou a chorar ao lembrar do passado e ressaltar a importância da família no bom momento que atravessava no último Brasileirão. De contrato renovado e com nova chance, o meia é uma das apostas do Atlético para que o clube mantenha o caminho de grandes conquistas nesta temporada.

Foto: UOL

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