E Thiago Duarte Peixoto virou uma estrela às avessas.
Expulsou o jogador errado em grande clássico de dia errado e virou Cristo.
O Barbosa do apito.
Sugeri após o jogo no “Terceiro Tempo” da Rádio Bandeirantes que ele convocasse uma coletiva e se explicasse.
E não é que assim o fez, coincidentemente?
Nada de relatório frio, mas que usasse a voz, porque “a palavra escrita não tem alma”.
Em quase 20 anos de “Terceiro Tempo” na TV Record e Band, vários árbitros de lances polêmicos assim também o fizeram.
E se deram bem.
Acho que Thiago Duarte Peixoto também acertou, mesmo que só depois do jogo, ao pedir desculpas.
Carlos Eugênio Simon, Heber Roberto Lopes, o hoje deputado federal Evandro Rogério Roman e muitos bandeirinhas, mais do que para defesa, igualmente apresentaram-se ao torcedor como eles realmente são, ao vivo na TV.
Carlos Eugênio Simon costumava ir ao "Terceiro Tempo" para explicar suas decisões durante as partidas
Ou seja, humanos.
Humanos e passiveis de erros, é claro.
“Jogam” sozinhos sem a moleza do desafio pela TV do tênis, do futebol americano, do vôlei, do beisebol, do atletismo, do basquete e etc...
Até Márcio Rezende de Freitas, sete anos após o “crime” no gol do Camanducaia do Santos FC, moralmente campeão brasileiro de 1995, foi ao “Terceiro Tempo”, então na Record e, em programa épico, pediu ao vivo um close da câmera 3 e disse: “Errei, enorme erro e peço desculpas, antes tarde do que nunca”.
Do lado, até o gigante Clodoaldo Tavares Santana, que tentou bater em Márcio naquela noite de 17 de dezembro de 1995 no Pacaembu, emocionado, o perdoou.
Mas, antes, à época, nada de punição, “decapitação”, suspensão e etc...
E com o pobre e jovem Thiago Duarte Peixoto?
Com ele não teve moleza.
“Foi feita justiça com as próprias mãos”.
Foi “assassinado” em praça pública.
Ou seja, com a rapidez da internet, os cartolas destruíram o jovem árbitro “palmeirense”.
Ora, todos nós do mundo do futebol nascemos e vivemos com um time do coração.
Em caso contrário seríamos outra coisa na vida.
Cassado das escalas, advertido, humilhado, suspenso e virou um “alguém qualquer a ser reciclado”.
Uma sacanagem!
Por que não fizeram isso também com Armando Marques em 64, em 71 e em 73, com José Roberto Wright em 81 e em 85, com José de Assis de Aragão em 80, em 84 e em 86 e com Márcio Rezende de Freitas em 95, em 99 e em 2005?
E o pênalti não marcado para o Grêmio em 82 contra o Flamengo na decisão do Brasileiro no Olímpico?
Hein, Oscar Scolfaro?
Todo mundo absolvido, anistiado, perdoado.
Só receberam críticas ao vento pela “crônica especializada”.
Sacanagem, sim, com o Thiago Duarte Peixoto!
Foi julgado na velocidade da luz, humilhado, “preso” e “condenado à morte”.
Nem o hacker da Marcela Temer teve um julgamento assim à la Usain Bolt.
Evandro Rogério Roman também "dava a cara para bater" no "Terceiro Tempo"
Fotos: Portal TT
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