Daniel Ferreira, 37, vem crescendo como manager de lutadores a frente da One-A-One academia

Daniel Ferreira, 37, vem crescendo como manager de lutadores a frente da One-A-One academia

Daniel Ferreira, 37, vem crescendo como manager de lutadores a frente da One-A-One academia. Entre os nomes agenciados teve destaques do cenário nacional como Zezão Trator. Hoje o empresário conhecido como Daniel “Rústico” e também “Viking” vem trazendo talentos do judô para o octógono.

Nomes respeitados em competições em uma modalidade que o Brasil domina e vem ocupando seu espaço nas arenas de MMA. Lidando com as atividades de conduzir uma academia e agenciar novos talentos Daniel Ferreira fala dos bastidores do esporte.

Como foi seu início no mundo das lutas?

Meu início nas artes marciais foi no judô aos 6 anos de idade na academia Machusso de judô. Depois disso passei para o jiu jitsu, boxe, wrestling, muay thai, kick boxing e, por fim, estou me dedicando ao MMA.

Quais são as dificuldades de atuar como empresário de lutadores no Brasil?

São muitas as dificuldades como em todas as áreas profissionais, mas a mais triste no meu ponto de vista é a falta de apoio do governo e empresas ao esporte no Brasil, em especial ao MMA, o que resulta num desperdício de talentos, futuros campeões e até mesmo de bons lutadores que não tem chances e condições de viver do esporte e acabam em sub-empregos para não morrer de fome.

Quanto a carga tributária para eventos estrangeiros dificulta o desenvolvimento da modalidade no Brasil?

Nossa carga tributária dificulta tudo neste país não só os eventos, mas acredito que não seja só isso o motivo, a falta de apoio ainda é o maior inimigo do esporte.

Muitos dos patrocinadores que vemos nos eventos são empresas já ligadas ao meio atuando em equipamentos esportivos e suplementação. O que falta para atrair grandes marcas além do meio esportivo?

O que falta é o apoio; das mídias, TV aberta principalmente; das prefeituras, secretarias de esporte; federações; empresas e também a falta de grandes profissionais que sabem fazer o show acontecer, são estes profissionais que conseguem transformar um evento de MMA em uma fonte de renda segura e contínua.

O preconceito influencia neste processo?

Até pouco tempo atrás o preconceito era nítido e bloqueava muito, hoje em dia após a transmissão do UFC pela rede globo, isso já diminuiu bastante, mas ainda rola sim um pouco de resistência e negligência da parte dos investidores no nosso país.

Muitos de seus lutadores se apresentaram no leste europeu. Como é o mercado de MMA lá?

O MMA ainda esta crescendo por toda Europa, e lá ainda existe muita resistência por parte das federações de boxe, kick boxing e muay thai que de certa maneira ajudam a brecar o desenvolvimento, em alguns países ainda é proibido o MMA.

Hoje você está com judocas com respeitável histórico no tatame ingressando no MMA. Conte mais desta experiência.

Atualmente estou treinando e preparando alguns atletas que vieram do judô, em especial um peso pesado, Willian Hoffmann, que já esta com 4 lutas profissionais e 4 vitórias, todas no primeiro round por nocaute técnico ou nocaute clássico. O diferencial do lutador de judô é a disciplina e dedicação ao ensinamento passado, não escolhem adversários e não reclamam do treinamento. Então fica fácil fazer as mudanças, acrescentar as técnicas de trocação, finalizações, quedas sem kimono, misturando tudo e adaptando para o MMA.

Foto: Arquivo de Claudia Morillo

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