Tricolor vence o time argentino por 2 a 0 e traz larga vantagem para o jogo de volta na Arena

Tricolor vence o time argentino por 2 a 0 e traz larga vantagem para o jogo de volta na Arena

A dinâmica do futebol com seus meandros e oscilações é o que de mais substancial existe nesse esporte como elemento mobilizador de milhões de aficionados pelo mundo afora. 
 
Quando o Grêmio perdeu o Gre-Nal do segundo turno do Brasileirão no Beira-Rio, saindo de campo com nada menos do que oito pontos atrás do arquirrival colorado, tudo estava a indicar que o tricolor corria sério risco de viajar à Argentina para enfrentar o Atlético Tucumán em situação psicológica bastante desfavorável. 
 
Afinal, a derrota no clássico poderia ter se agravado ainda mais na rodada subsequente do campeonato brasileiro, quando o Grêmio atuaria com um time reserva diante do Paraná, podendo não pontuar e ver aumentar ainda mais a diferença de 11 pontos para o arquirrival, caso não vencesse o visitante paranaense e o Inter derrotasse a Chapecoense na Arena Condá.
 
Mas os fatos não se sucederam dessa forma. Muito pelo contrário, o time reserva gremista passou relativamente fácil pelo Paraná Clube, com uma bela atuação,  enquanto a equipe treinada por Odair Hellmann caiu diante da Chape, uma velha touca, desperdiçando um pênalti no final da partida, o que lhe custou a perda da liderança do Brasileirão para o São Paulo. 
 
Essa combinação de resultados representou um alívio para o esquadrão mosqueteiro, que teve nela como fatores favoráveis a redução da diferença em pontos que o separava do rival e um gostinho de vingança da derrota sofrida no Gre-Nal, devido à proeza do alviverde catarinense, derrotando o visitante gaúcho e o tirando da liderança do Brasileirão.  
 
Isso posto, vamos a uma análise sobre essa vitória do Grêmio na Argentina, que o colocou a um passo da semifinal da Libertadores, o que praticamente lhe garante desde já a certeza de que terminará a temporada de 2018, na pior das hipóteses, entre os quatro melhores times do futebol sul-americano.
 
Numericamente o resultado foi excelente e deixa claro que somente uma "tragédia" no jogo de volta na Arena será capaz de brecar a marcha gremista rumo à fase semifinal do torneiro continental.
 
Para essa desgraça acontecer, o Grêmio terá que perder para o Tucumán por uma diferença de dois gols com placar superior aos 2 a 0 que fez no estádio José Fierro, ou então por diferença de três gols e, numa terceira hipótese, ser derrotado numa eventual decisão por pênaltis,  caso se repita o marcador ocorrido na Argentina. 
 
Apesar da larga vantagem gremista no tocante à possibilidade de classificação,  é preciso ser dito que a vitória só foi maiúscula no que se refere ao placar, pois no seu aspecto técnico a atuação do tricolor deixou a desejar em vários aspectos.   
 
Não se pode esquecer que nos primeiros minutos da partida o Atlético Tucumán foi para cima da retaguarda gremista, colocando em pânico o sistema defensivo do time visitante, a ponto de fazer seus zagueiros baterem cabeça na área, permitindo ao adversário chances claríssimas de gol. 
 
Vale observar que a rigor o Grêmio não viu a cor da bola nos primeiros 20 minutos de jogo . Na prática, o tricolor só passou a marcar presença em campo a partir da segunda metade da etapa inicial, quando revelou objetividade ofensiva, abrindo o placar no belo gol de Alisson.
 
Mais uma vez esse jogador em escala ascendente desafoga o time gremista num momento de extrema dificuldade, como havia feito nos descontos daquele jogo dramática diante do Estudiantes, quando salvou a pele do Grêmio na Libertadores. 
 
Depois disso, os comandados de Renato assumiram o controle da partida, mas sem deixar de correr risco nos cotra ataques da equipe dona da casa, que não raro escapava perigosamente rumo à meta tricolor. 
 
Mas estamos falando de uma noite de Grêmio, em que os ventos sopravam favoravelmente para o atual campeão da América. 
 
Em assim sendo, o time gremista contou com um benefício extra, vendo o adversário ser reduzido a dez homens em campo, com a expulsão de Gervasio Nuñes aos 39 minutos da primeira etapa,  por haver pisado de forma desleal no colega Alisson, lance que foi confirmado pelo árbitro de vídeo, motivando o merecido cartão vermelho. 
 
Em vantagem numérica no placar e no número de jogadores em campo, não foi tarefa difícil para o Grêmio confirmar a anunciada vitória, ampliando o marcador para 2 a 0 logo aos 9 minutos do templo complementar, no gol de Everton, aproveitando o belo passe recebido de Alisson.  
 
É preciso que se diga, contudo, que essa importante vitória do Grêmio deve-se também em grande parte ao goleiro Marcelo Grohe, que praticou duas defesas difíceis, evitando assim que o Tucumán desfizesse o placar que o Grêmio construiu a partir dos pés do excelente Alissom, sem dúvida alguma o melhor jogador da partida. 
 
Com o placar favorável e o controle das ações, Renato Portaluppi não encontrou dificuldade para assegurar a vantagem de seu time até o apito final.
 
Substituiu algumas peças nos minutos finais do confronto, colocando em campo jogadores mais descansados, para contrabalançar as mudanças feitas pelo técnico Ricardo Zielinski, e poupar os que saíram, como Alisson, substituído por Pepê, e Luan, trocado por Douglas. 
 
Maicon também deixou o campo,  cedendo seu lugar a Thaciano, mas essa substituição não teve como objetivo  poupar o atleta substituído, haja vista que o meio-campista não participará do jogo de volta, na Arena, por ter levado o terceiro cartão amarelo, ao que tudo indica de forma proposital, considerando a relativa facilidade que o Grêmio terá nessa decisão.  
 
Conclusão. o Grêmio teoricamente já está com o passaporte carimbado para a semifinal da Libertadeores. Não obstante, o técnico Renato Portaluppi precisa corrigir alguns desacertos que ultimamente vêm ocorrendo em seu sistema defensivo, apesar de possuir a melhor dupla de área do Brasil, representada por Kannemman e Geromel, bem como o melhor goleiro do país, que Tite teimosamente finge não ver, deixando de convocá-lo para a meta da seleção. 
 
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Foto: UOL
  

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