Para os Tupis, um desafio e uma alegria

Para os Tupis, um desafio e uma alegria

Continuo nostálgico, como na semana última. O ano é 2009. Por iniciativa de Vieira de Almeida, banca advocatícia de proa em Portugal, realiza-se o primeiro Lawyers Cup, torneio voltado à comunidade jurídica.
Às equipes nacionais junta-se um grupo de brazucas, a equipe Pinheiro Neto Sevens Team, formada por integrantes dessa banca tupiniquim e reforços escolhidos a dedo junto ao Rugby XI, equipe de rugby universitário da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Do torneio em si, não cabe dizer muito aqui. Mas um fato merece comentário aqui. Entre outras figuras impagáveis, participaram do torneio dois atletas de nível diferenciado: Miguel Portela e Vasco Uva.
Vasco, que já capitaneara a seleção portuguesa ? os Lobos ? na inédita classificação ao Mundial de 2007, desfilou ali sua qualidade (e tirou-nos, dos brazucas, o título do torneio), a mesma que poderemos ver no dia 15 de novembro, sexta-feira próxima, quando pela primeira vez receberemos os Lobos, na Arena Barueri, às 20 horas, para um test match contra os Tupis.
Portugal ocupa a 22a posição no ranking do International Rugby Board (IRB), enquanto os Tupis estão em 34o lugar.
O encontro, que esperamos seja o primeiro de muitos, além de ser um momento de reunião entre brasileiros e portugueses, irmão separados por um oceano, representa um grande desafio aos Tupis, que fazem seu primeiro embate escalados exclusivamente com os atletas primordialmente integrantes da nossa equipe de Rugby XV, enquanto nossa equipe de Rugby Sevens (o Rugby Olímpico) está na Nova Zelândia, em um programa de treinamento ? a divisão entre atletas do Rugby XV e atletas do Rugby Sevens é muitíssimo bem-vinda.
O crescimento do nosso rugby passa pela realização de embates como este contra os Lobos. Tê-los aqui, e podermos visitá-los nos anos vindouros, contribuirá ? e muito ? para que nos tornemos mais competitivos.
Que sejam pois bem-vindos os Lobos!
Deixo hoje duas sugestões aos parcos leitores: de um lado, sugiro procurar no youtube o Haka feito pelos Maori All Blacks em 3 de novembro, quando enfrentaram o Canadá; e, de outro, sugiro a leitura de Justiça, de Michael Sandel, professor festejadíssimo de Harvard.

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