Gre-Nal de domingo é visto como oportunidade de 'fazer as pazes com a vitória'

Gre-Nal de domingo é visto como oportunidade de 'fazer as pazes com a vitória'

Domingo tem Gre-Nal e a pegunta predominante, como não poderia ser diferente, é "quem ganha o clássico ?"
 
É verdade que a indagação descarta uma terceira hipótese, que é o empate, resultado que nem gremistas nem colorados sequer cogitam.
 
Isso se explica pelo fato de, na velha comparação Grêmio/Inter,  não haver lugar para o termo igualdade, haja vista que não satisfaz a nenhuma das duas torcidas sustentadas por uma rivalidade acirrada onde 'o ter mais e o ser mais' é o objetivo primordial. 
 
Como não é de bom tom a quem opina profissionalmente "ficar em cima do muro", atribuo ao Grêmio um leve, tênue, quase imperceptível favoritismo, levando em conta tão somente o fato de jogar na Arena, diante de sua torcida, algo que às vezes faz a diferença, notadamente quando existe paridade de forças entre os dois contendores. 
 
Se alguém tentar buscar nos últimos resultados de campo de ambas as equipes algum fator determinante, para afirmar que A é melhor do que B ou vice-versa, com certeza não irá encontrar. 
 
Tanto os comandados de Roger Machado quanto os de Diego Aguirre vêm de resultados pífios, que escancaram o momento desfavorável vivido pela dupla Gre-Nal nos seus mais recentes jogos oficiais.
 
O Inter despediu-se da Libertadores de forma melancólica, sendo trucidade pelo Tigres mexicano em terras astecas e, mesmo fora do certame continental, podendo se dedicar por inteiro ao certame nacional, ainda não fez as pazes com a vitória, não indo além de um empate com a Ponte, no Moisés Lucareli ,  em Campinas, e outro com a Chapecoense, em pleno Beira-Rio.
 
O Grêmio, depois do salto de qualidade revelado na troca de treinadores, perdeu para a Chapecoense na Arena Condá, ganhou do pobre Vasco em casa, e descarrilou de vez, empatando com o Sport na Arena e perdendo para Flamengo e Fluminense no Maracanã.
 
É preciso que se diga, contudo, que no confronto de sábado, no Maracanã, a derrota do tricolor gaúcho foi injusta sob dois aspectos.
 
Primeiro porque o visitante do Pampa revelou superioridade sobre o time da casa, enquanto contou com o time completo, até a expulsão de Walace, que levou o segundo cartão amarelo num lance de falta normal que o juiz bem poderia ter interpretado assim, se não estivesse apitando no Maracanã diante de uma das maiores torcidas do futebol carioca. 
 
Conduz a esse raciocínio o carrinho criminoso dado por Ronaldinho Gaúcho, que jogou as traves da chuteira contra as pernas do colega do time rival, protagonizando um lance claro de expulsão direta, que só não se consumou porque o árbitro não estava lá para apitar o jogo de forma justa e sim para agradar à torcida e os dirigentes anfitriões. 
 
Segundo, pelo erro gravíssimo do juiz Wilton Pereira Sampaio, que não teve coragem de apitar o pênalti sofrido por Edinho, ao ser agarrado escandalosamente dentro da área, naquele lance em cuja sequência o vacilante Pedro Rocha perdeu o lance de gol mais claro da partida, chutando para fora uma bola que até o Coalhada colocaria na rede, se estivesse no seu lugar.
 
Mas essa é só uma observação de passagem, que precisava ser feita, para que a verdade daquele jogo de arbitragem unilateral não fique tão esquecida nas entrelinhas da indiferença, já que a mídia pouco se reportou sobre a influência do árbitro no placar, algo  que renderia debates acalorados e grandes manchetes se tivesse acontecido contra um dos clubes famosos do Rio ou de São Paulo.
 
Essa "garfeada do apito" no Maracanã não anula a percepção clara que se tem acerca da brutal queda de produção do Grêmio de Roger, a quem atribuí, após aquela vitória espetacular diante do Santos, na Vila Belmiro, a possibilidade de até brigar pelo título, o que hoje é quase impossível, dada a grande distância que o separa do líder da competição. 
 
Por conta desse decréscimo no rendimento gremista,  já não arrisco dizer nem que o Grêmio - salvo uma reviravolta surpreendente - esteja incluído hoje entre os mais sérios candidatos a terminar o Brasileirão ocupando vaga no G-4, com direito a participar da Libertadores de 2016.  
 
Como o Internacional vive situação parecida, com a agravante de não ter superado ainda o abalo psicológico sofrido pela eliminação na Libertadores, a um passo da grande Final contra o River, vale observar que vencer o Gre-Nal de domingo, salvo se for por um placar elevado fruto de um futebol convincente, não servirá de  parâmetro para que se diga que o clube vencedor espantou a má fase que ora ronda a Arena e o Beira-Rio, colocando o futebol gaúcho em plano secundário na disputa do Brasileirão de 2015. 
 
Agora voltando o foco para o campeonato como um todo, continuo sustentando a tese  que Corinthians e São Paulo são os dois principais candidatos ao título de 2015, o que em relação ao tricolor paulista pode parecer estranho,  considerando que no momento ocupa uma posição relativamente modesta na tabela de classificação, na qual figura na 7ª colocação. 
 
Meu raciocínio baseia-se fundamentalmente no fato de que nem Galo, ora brincando de líder, nem Fluminense e Sport, de passagem pelo G-4,  possuem elenco capaz de os manter na posição em que ora se encontram ao longo do segundo turno, onde vários outros de igual nível  ou pouco inferior já estiveram. 
 
Excluídas essas equipes, o que sobra no G-4, com "bala na agulha" para chegar ao título é o Corinthians, que está seis pontos à frente do rival do Morumbi, o que convenhamos não é uma diferença tão grande que não possa ser desfeita  com duas vitórias consecutivas do time de Osório e duas derrotas da equipe treinada por Tite. 
 
Só que nessa minha projeção favorável ao São Paulo - ousada, reconheço - seria oportuno que a direção do tricolor paulista admitisse que o técnico importado da Colômbia precisa ser substituído, com urgência, por um treinador mais experiente na disputa de um campeonato longo e cheio de surpresas, como o Brasileirão. 
 
Está mais do que provado que Osório não correspondeu, na prática, ao  cabedal de conhecimentos teóricos que trouxe na bagagem. 
 
Ou será que ter na tabela os mesmo 27 pontos que o Grêmio tem,  possuindo um plantel cinco vezes superior ao que o clube gaúcho possui, não  é uma prova inconteste de que até o novato treinador Roger sabe mais de disputa do Brasileirão do que o atual comandante são-paulino ?


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Foto: UOL  

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