Treinador soma dois triunfos (Colômbia e Equador) em sua volta e um time mais rápido, menos previsível e com jogadas ensaiadas

Treinador soma dois triunfos (Colômbia e Equador) em sua volta e um time mais rápido, menos previsível e com jogadas ensaiadas

Após o vexame da Copa do Mundo, a seleção brasileira retomou sua caminhada de olho no Mundial de 2018, na Rússia, com duas vitórias (Colômbia e Equador) e uma certeza: tem agora um treinador.

Dunga pode não arrancar suspiros dos mais céticos, tampouco se sobressair na parte tática e no marketing pessoal. No entanto, neste seu retorno à seleção, o time mostrou o seu dedo. Não só na bela jogada ensaiada que resultou no gol da vitória sobre o Equador, mas sobretudo pela postura tática do time nas duas partidas vencidas por 1 a 0.

Com Dunga, a seleção se mostrou bem mais rápida na frente e compacta atrás. Bem diferente do time em ação na Copa do Mundo deste ano, sob o comando de Felipão, que apresentava um atacante fixo (Fred) e toda a responsabilidade nos pés do menino Neymar.

Resultado: a seleção esteve bem mais “viva” nestes dois jogos não só na linha de frente, com Diego Tardelli atuando com liberdade e sem ser o popular “cone” dentro da área e com uma recomposição bem mais rápida na defesa, fruto das escolhas de Dunga na escalação do time titular.

Felipão mostrou todo seu retrocesso na Copa do Mundo. Com um time apático, recheado de jogadores em má fase na equipe titular e um treinador perdido à beira do campo, a seleção não resistiu à Alemanha e o vexame foi histórico na semifinal.

Com Dunga no comando, a seleção permanece ainda num patamar abaixo dos grandes rivais como Alemanha e Argentina, no entanto a postura agora é outra. A seleção se mostrou mais sólida nestes dois amistosos com Dunga, com um time mais rápido, ousado, bem mais próximo do que se cobra no futebol moderno.

Dunga não esconde sua cobrança por respeito à amarelinha. Com ele é preciso comprometimento, o que não acontecia com Felipão, até pela gratidão eterna do treinador com os campeões da Copa das Confederações, em 2013.

Quando a CBF anunciou o retorno de Dunga à seleção, analisei o currículo do treinador em sua primeira passagem pelo escrete canarinho. Dunga perdeu a Copa do Mundo de 2010, mas seus resultados foram expressivos. Com ele, a seleção tinha boa distribuição tática e comprometimento em campo.

É fato que Dunga não seria o meu nome para assumir a seleção brasileira. Fosse eu o presidente da CBF teria dado uma guinada de 360 graus no futebol brasileiro e partido para o nome de um grande técnico estrangeiro.

Mas como não sou cartola e Dunga teve seu retorno anunciado, analisei a volta sem rancor pelo fato de o ex-jogador ser um cara truculento e de poucos amigos sobretudo na imprensa.

Passados os dois primeiros amistosos, Dunga deixa uma boa impressão em sua volta, com vitórias e uma boa disposição tática do time. Há muito trabalho pela frente e um grande desafio no próximo dia 11 de outubro, quando a seleção brasileira enfrentará a Argentina, vice-campeã do mundo, no Superclássico das Américas”, em Pequim, na China.

O trabalho está no começo. A frustração da eliminação vexatória para a Alemanha, na semifinal do Mundial, ainda dói, mas a vida segue e com vitória é sempre melhor.

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Foto: Bruno Domingos / Mowa Press / Divulgação

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